terça-feira, novembro 06, 2007
Fofuras que ajudam!!!
domingo, julho 31, 2005
Foto
Já tinha um tempo que eu não olhava sua foto e me sentia inclusive bem vitoriosa por isso. Um dia de cada vez, como os alcóolicos anônimos.
Achei inclusive que poderia esquecer seu rosto e suas feições e cruzar contigo na rua e nem mesmo reconhecê-lo.
Mas hoje fui mandar sua foto para uma amiga, e percebi que seus traços foram gravados em um lugar muito mais marcante do que o cérebro, mais difícil de apagar.
Vida segue...
Achei inclusive que poderia esquecer seu rosto e suas feições e cruzar contigo na rua e nem mesmo reconhecê-lo.
Mas hoje fui mandar sua foto para uma amiga, e percebi que seus traços foram gravados em um lugar muito mais marcante do que o cérebro, mais difícil de apagar.
Vida segue...
quarta-feira, julho 27, 2005
AGORA JÁ POSSO CONTAR
Quem leu o post do Mais Um!!! deve estar curioso pra saber de quem é o bebezinho novo que tá chegando pra animar a festa!!!
Agora que a dona da criancinha já mandou spam pra todo mundo comunicando a gravidez, a gente já pode publicar e espalhar pra todo mundo que...
É O BBDTT!!!!!!!!!!!!!
(tradução: É o BeBêDeTeTê!!!!)
Tetê é nossa amiga querida, várias vezes mencionada aqui no Bóbis com suas tiradas impagáveis.
Alice, Davi, e agora BBDTT... cada criancinha sortuda tem aparecido, não?
Beijo, amiga e parabéns!!!!
Agora que a dona da criancinha já mandou spam pra todo mundo comunicando a gravidez, a gente já pode publicar e espalhar pra todo mundo que...
É O BBDTT!!!!!!!!!!!!!
(tradução: É o BeBêDeTeTê!!!!)
Tetê é nossa amiga querida, várias vezes mencionada aqui no Bóbis com suas tiradas impagáveis.
Alice, Davi, e agora BBDTT... cada criancinha sortuda tem aparecido, não?
Beijo, amiga e parabéns!!!!
terça-feira, julho 26, 2005
Me vi na TV
Eu vivo assistindo a essas séries dos canais a cabo, em especial Sony e Warner. Em posts anteriores eu já confessei que me sinto a própria Lorelai Gilmore e que sou fã de Desperate Housewives.
Mas acho que ando exagerando. Não posso ver uma série, um capítulo qualquer de qualquer coisa que já me identifico com a situação por que determinada personagem está passando. Já virou um vício.
E aí, pra piorar tudo, pego uma reprise de Sex and the City na Fox. Um capítulo no qual a Carrie viveu pelo menos quatro situações diante das quais eu fiz exatamente a mesma coisa. Ou ao menos pensei em fazer.
Espero um dia me identificar com uma personagem linda e magra, que encontrou um homem maravilhoso, apaixonou-se por ele (e ele por ela, ao mesmo tempo!!!), ficou milionária com uma aposta de 2 reais na megasena, sendo que ele mesmo já era bili, inteligente, romântico...
Alguém aí quer fazer o favor de escrever a série que eu tô precisando? Porque eu bem que tenho tentado escrevê-la por mim mesma, mas tá difícil, tá beeeemmmm difícil...
Mas acho que ando exagerando. Não posso ver uma série, um capítulo qualquer de qualquer coisa que já me identifico com a situação por que determinada personagem está passando. Já virou um vício.
E aí, pra piorar tudo, pego uma reprise de Sex and the City na Fox. Um capítulo no qual a Carrie viveu pelo menos quatro situações diante das quais eu fiz exatamente a mesma coisa. Ou ao menos pensei em fazer.
Espero um dia me identificar com uma personagem linda e magra, que encontrou um homem maravilhoso, apaixonou-se por ele (e ele por ela, ao mesmo tempo!!!), ficou milionária com uma aposta de 2 reais na megasena, sendo que ele mesmo já era bili, inteligente, romântico...
Alguém aí quer fazer o favor de escrever a série que eu tô precisando? Porque eu bem que tenho tentado escrevê-la por mim mesma, mas tá difícil, tá beeeemmmm difícil...
Pizza!
Ontem, meio da tarde, a partir de um convite pruma sopinha na minha casa, fizemos uma improvisada pizzada.
Éramos em 6 apenas, pois muitos não puderam vir, mas foi uma pizzada especial, porque nela eu conheci a Ju do Respira pela barriga.
Digo EU conheci porque ela já estava aboletada em meu sofá quando Lala chegou e a reconheceu como colega de faculdade dela.
Mais: lembrou que ela era da agência de publicidade escolar Amídalas Associadas.
E Juliana confessou que tinha se casado com o Gato Félix (sabe-se lá o que significa isso), professor de faculdade de ambas. Nos Estados Unidos isso tá dando cadeia, mas por aqui, deu num casamente de dez anos, dois filhos etc etc.
Do Gato Félix passamos pras bufandas da Carolina (aquelas da farofa no restaurante, lembram-se?), para as séries da TV a Cabo, para John Edwards e cartomantes, para a separação dolorosa de Lala e seu ex, depois de 5 anos juntos, para o casamento iminente da Caro, para o casamento também iminente da Lu Fernandes e por aí fomos indo... até meia noite e meia quando todo mundo começou a abrir a boca e debandou em cinco minutos.
Depois de muitas risadas claro!
E promessas de nos vermos de novo em breve.
Éramos em 6 apenas, pois muitos não puderam vir, mas foi uma pizzada especial, porque nela eu conheci a Ju do Respira pela barriga.
Digo EU conheci porque ela já estava aboletada em meu sofá quando Lala chegou e a reconheceu como colega de faculdade dela.
Mais: lembrou que ela era da agência de publicidade escolar Amídalas Associadas.
E Juliana confessou que tinha se casado com o Gato Félix (sabe-se lá o que significa isso), professor de faculdade de ambas. Nos Estados Unidos isso tá dando cadeia, mas por aqui, deu num casamente de dez anos, dois filhos etc etc.
Do Gato Félix passamos pras bufandas da Carolina (aquelas da farofa no restaurante, lembram-se?), para as séries da TV a Cabo, para John Edwards e cartomantes, para a separação dolorosa de Lala e seu ex, depois de 5 anos juntos, para o casamento iminente da Caro, para o casamento também iminente da Lu Fernandes e por aí fomos indo... até meia noite e meia quando todo mundo começou a abrir a boca e debandou em cinco minutos.
Depois de muitas risadas claro!
E promessas de nos vermos de novo em breve.
sábado, julho 23, 2005
Desejos
Sabe aquela frase:
Cuidado com o que você deseja, pois pode virar realidade?
Tão verdadeira... e quando começa a virar realidade, você fica lá, tonta, sem saber o que fazer.
Porque enquanto era desejo, você dominava o quando, o onde, o como. A intensidade, As conseqüências.
Quando deixa de ser apenas desejo, tudo isso sai da sua mão. E bate aquele medão...
(a rima ficou pobre mas ela não foi proposital, então, deixei assim mesmo)
Cuidado com o que você deseja, pois pode virar realidade?
Tão verdadeira... e quando começa a virar realidade, você fica lá, tonta, sem saber o que fazer.
Porque enquanto era desejo, você dominava o quando, o onde, o como. A intensidade, As conseqüências.
Quando deixa de ser apenas desejo, tudo isso sai da sua mão. E bate aquele medão...
(a rima ficou pobre mas ela não foi proposital, então, deixei assim mesmo)
quinta-feira, julho 21, 2005
Mais um!!! Mais um!!! Mais um!!!
Em breve, Bóbis comemorará o anúncio de mais um bebezinho a caminho.
De quem será? De quem será?
Não con-to!! Não con-to!!
De quem será? De quem será?
Não con-to!! Não con-to!!
Só sendo mulher mesmo
Hoje tivemos um almoço de meninas para comemorar o fato de que o bebê que Angélica espera para dezembro é um menino, o Davi!
E fomos todas em um restaurante desses de bufê de hora do almoço para fofocar sobre a novidade, trocar ahs! e ohs! ao ver o ultrassom tridimensional que Angélica fez (havia quem jurasse que o bebê é a cara da mãe), contar as últimas que aconteceram nas nossas vidas, falar sobre o casamento da Carolina, e depois sobre o da Lu Fernandes, que chegou só pro cafezinho, sobre a Cordilheira dos Andes...
Enfim, um típico almoço de meninas!
Eis que lá pelas tantas, mais precisamente pós sobremesa, fomos ver os cachecóis que a Carolina traz de Buenos Aires, que suas amigas fazem à mão.
(a gente chama de cachecóis porque o Bóbis tem tecla sap, na verdade os conhecemos como bufandas. Pequena informação pra quem não tinha lido o esclarecedor post da Lala que menciona o fato).
A princípio a gente tirava umazinha do sacolão, outra, guardava a primeira, separava uma no canto. Tudo bem discretinho e meio que debaixo da mesa. Mesmo sendo o cachecol que eu comprei amarelão e o da Angélica rosa de pêlos, igual ao da Barbie, estávamos conseguindo manter a compostura.
À medida que a mulherada (estávamos em seis depois que a Lu chegou) foi se empolgando, foi um tal de tirar bufanda da sacola e colocar na mesa, enrolar no pescoço pra ver se pinicava e pasmem! até fotos digitais a Angélica tirou da Lu com 3 cachecóis diferentes para ela decidir o que queria, na falta de um espelho à mão.
Afinal de contas, ela embarcaria no dia seguinte, rumo à gelada Porto Alegre, para a comunicação o-fi-ci-al do seu noivado. Precisava ou não de cachecóis novos para as diversas etapas do evento? (chegada em Porto Alegre, ida na casa da sogra, ida no aniversário do amigo do noivo...)
Aquele festival acabou atraindo a atenção de um casal na mesa vizinha, a moça quis ver as bufandas (só xeretou e não comprou nada), depois a garçonete avisou pra esperar um pouco porque a dona do restaurante também queria ver, mas eu pelo menos tive de ir embora e não vi como terminou, sei lá se apareceu um rapa e Carolina teve de se explicar.
Conclusão: todas de pescoço quentinho, colorido e super na moda!
E devendo até o último fio de cabelo pra Carolina. Nem fugir pra Suíça, que é país neutro, a gente pode, porque no final do ano ela vai morar lá e sairá atrás de cada uma de nós com seu caderninho laranja.
Estamos todas perdidas, afundadas em dividas... mas lindas com nossas coloridas bufandas!
O que, no fim, é o que importa.
E fomos todas em um restaurante desses de bufê de hora do almoço para fofocar sobre a novidade, trocar ahs! e ohs! ao ver o ultrassom tridimensional que Angélica fez (havia quem jurasse que o bebê é a cara da mãe), contar as últimas que aconteceram nas nossas vidas, falar sobre o casamento da Carolina, e depois sobre o da Lu Fernandes, que chegou só pro cafezinho, sobre a Cordilheira dos Andes...
Enfim, um típico almoço de meninas!
Eis que lá pelas tantas, mais precisamente pós sobremesa, fomos ver os cachecóis que a Carolina traz de Buenos Aires, que suas amigas fazem à mão.
(a gente chama de cachecóis porque o Bóbis tem tecla sap, na verdade os conhecemos como bufandas. Pequena informação pra quem não tinha lido o esclarecedor post da Lala que menciona o fato).
A princípio a gente tirava umazinha do sacolão, outra, guardava a primeira, separava uma no canto. Tudo bem discretinho e meio que debaixo da mesa. Mesmo sendo o cachecol que eu comprei amarelão e o da Angélica rosa de pêlos, igual ao da Barbie, estávamos conseguindo manter a compostura.
À medida que a mulherada (estávamos em seis depois que a Lu chegou) foi se empolgando, foi um tal de tirar bufanda da sacola e colocar na mesa, enrolar no pescoço pra ver se pinicava e pasmem! até fotos digitais a Angélica tirou da Lu com 3 cachecóis diferentes para ela decidir o que queria, na falta de um espelho à mão.
Afinal de contas, ela embarcaria no dia seguinte, rumo à gelada Porto Alegre, para a comunicação o-fi-ci-al do seu noivado. Precisava ou não de cachecóis novos para as diversas etapas do evento? (chegada em Porto Alegre, ida na casa da sogra, ida no aniversário do amigo do noivo...)
Aquele festival acabou atraindo a atenção de um casal na mesa vizinha, a moça quis ver as bufandas (só xeretou e não comprou nada), depois a garçonete avisou pra esperar um pouco porque a dona do restaurante também queria ver, mas eu pelo menos tive de ir embora e não vi como terminou, sei lá se apareceu um rapa e Carolina teve de se explicar.
Conclusão: todas de pescoço quentinho, colorido e super na moda!
E devendo até o último fio de cabelo pra Carolina. Nem fugir pra Suíça, que é país neutro, a gente pode, porque no final do ano ela vai morar lá e sairá atrás de cada uma de nós com seu caderninho laranja.
Estamos todas perdidas, afundadas em dividas... mas lindas com nossas coloridas bufandas!
O que, no fim, é o que importa.
segunda-feira, julho 18, 2005
Um minuto para o fim do mundo
"Quando estou com você
sinto meu mundo acabar
perco o chão sob os meus pés
me falta o ar pra respirar.
E só de pensar em te perder por um segundo
eu sei que isso é o fim do mundo"
(emprestado do CPM 22)
Não importando se na verdade não estou com você
Não importando se na verdade só o tive por um dia
Não importando se na verdade eu não o tenho realmente
Não importando se na verdade este post parece um exagero
(e até deve ser, mas você não vai ler mesmo)
Fato é que toda vez que ouço esta música é em você que penso. E em como me sinto.
E já nem sei se torço para que nossos caminhos se cruzem novamente ou para que se percam de vez.
sinto meu mundo acabar
perco o chão sob os meus pés
me falta o ar pra respirar.
E só de pensar em te perder por um segundo
eu sei que isso é o fim do mundo"
(emprestado do CPM 22)
Não importando se na verdade não estou com você
Não importando se na verdade só o tive por um dia
Não importando se na verdade eu não o tenho realmente
Não importando se na verdade este post parece um exagero
(e até deve ser, mas você não vai ler mesmo)
Fato é que toda vez que ouço esta música é em você que penso. E em como me sinto.
E já nem sei se torço para que nossos caminhos se cruzem novamente ou para que se percam de vez.
Reparando injustiças
Venho por meio deste post defender uma classe por vezes injustiçada, a qual pertenci durante 14 anos da minha vida: a das mulheres casadas.
São acusadas de não se cuidarem, de não estarem nem aí pra aparência porque já conquistaram seu homem então não precisam mais ter trabalho etc etc.
E tome comparação com as solteiras ou separadas, que sempre parecem mais lindas e mais bem cuidadas do que as casadas.
Não vou aqui discorrer longamente sobre o assunto. E ressalto que refiro-me às casadas que não aposentaram o salto alto, o secador de cabelos e o rímel, é claro. Mas vou citar um único exemplo para ilustrar essa injustiça.
Imagine você que tem cabelos compridos como os meus e está, dez da noite, fazendo uma escovinha caseira para que ele fique apresentável no dia seguinte.
Se seu cabelo for como o meu, nem liso nem cacheado, um híbrido que nunca dá pra adivinhar como vai ficar depois de seco, mas que ao mesmo tempo é moleza de ajeitar com secador, quando terminar esta sua escova, o que acontecerá? Terá uma montanha de fios novinhos, curtos, arrepiados que não abaixam de forma alguma.
Sendo a dona do cabelo em questão casada, estará lá o maridão na cama à espera da coitada que tenta a todo custo dar um jeito nos rebeldes. E reclamando que ela tá demorando demais pra ir pra cama.
Pensando bem, nem tão coitada assim, tendo ela um maridão à sua espera, mas isso é assunto pra outro post. Continuemos.
O que faz ela? Desiste do troço, deixa como está, reza uma Ave Maria pra Nossa Senhora que também tinha cabelos compridos, mas com a vantagem de poder tampar as cacas com um manto azul da cor do céu, pra que o cabelo esteja apresentável na manhã seguinte e vai...
O que faria uma moça solteira/separada que não tem a figura do maridão à espera?
Exatamente o que fiz: pega uma meia fina velha e furada, corta as pernas e faz uma sensacional e fabulosa touca de meia-calça, igualzinha àquelas que se usava antigamente para alisar os cabelos no tempo em que chapinha era coisa de ficção científica.
Enfia na cabeça, ajeita os cabelos ali dentro e pronto! Não há fio rebelde que resista a uma boa touca de meia-calça.
No dia seguinte, chegam no trabalho a casada, com os cabelos amassados e os fios rebeldes mais rebeldes ainda. E a solteira/separada, com os cabelos lindos, esvoaçantes e com balanço de comercial de shampoo.
E aí, as más línguas, que nada sabem sobre as agruras de se manter a beleza tendo um marido dentro do quarto, no território onde puxam-se pelos sobrando com a pinça, cutuca-se a cutícula do dedão do pé e usa-se meia-calça na cabeça quando não se tem platéia, comentam: tá vendo só?
Uma puta injustiça...
Mas pensando bem, pra algum lado haveria de ter uma compensação, não?
São acusadas de não se cuidarem, de não estarem nem aí pra aparência porque já conquistaram seu homem então não precisam mais ter trabalho etc etc.
E tome comparação com as solteiras ou separadas, que sempre parecem mais lindas e mais bem cuidadas do que as casadas.
Não vou aqui discorrer longamente sobre o assunto. E ressalto que refiro-me às casadas que não aposentaram o salto alto, o secador de cabelos e o rímel, é claro. Mas vou citar um único exemplo para ilustrar essa injustiça.
Imagine você que tem cabelos compridos como os meus e está, dez da noite, fazendo uma escovinha caseira para que ele fique apresentável no dia seguinte.
Se seu cabelo for como o meu, nem liso nem cacheado, um híbrido que nunca dá pra adivinhar como vai ficar depois de seco, mas que ao mesmo tempo é moleza de ajeitar com secador, quando terminar esta sua escova, o que acontecerá? Terá uma montanha de fios novinhos, curtos, arrepiados que não abaixam de forma alguma.
Sendo a dona do cabelo em questão casada, estará lá o maridão na cama à espera da coitada que tenta a todo custo dar um jeito nos rebeldes. E reclamando que ela tá demorando demais pra ir pra cama.
Pensando bem, nem tão coitada assim, tendo ela um maridão à sua espera, mas isso é assunto pra outro post. Continuemos.
O que faz ela? Desiste do troço, deixa como está, reza uma Ave Maria pra Nossa Senhora que também tinha cabelos compridos, mas com a vantagem de poder tampar as cacas com um manto azul da cor do céu, pra que o cabelo esteja apresentável na manhã seguinte e vai...
O que faria uma moça solteira/separada que não tem a figura do maridão à espera?
Exatamente o que fiz: pega uma meia fina velha e furada, corta as pernas e faz uma sensacional e fabulosa touca de meia-calça, igualzinha àquelas que se usava antigamente para alisar os cabelos no tempo em que chapinha era coisa de ficção científica.
Enfia na cabeça, ajeita os cabelos ali dentro e pronto! Não há fio rebelde que resista a uma boa touca de meia-calça.
No dia seguinte, chegam no trabalho a casada, com os cabelos amassados e os fios rebeldes mais rebeldes ainda. E a solteira/separada, com os cabelos lindos, esvoaçantes e com balanço de comercial de shampoo.
E aí, as más línguas, que nada sabem sobre as agruras de se manter a beleza tendo um marido dentro do quarto, no território onde puxam-se pelos sobrando com a pinça, cutuca-se a cutícula do dedão do pé e usa-se meia-calça na cabeça quando não se tem platéia, comentam: tá vendo só?
Uma puta injustiça...
Mas pensando bem, pra algum lado haveria de ter uma compensação, não?
Penfriend repaginado
Quando eu tinha uns 12, 13 anos, comecei a entrar na onda do penfriend.
(Se eu falar este termo pra minha filha de 14 anos, ela provavelmente vai achar que sou louca: Mãe, que diabéissolamordedeus?)
E acho que todo mundo que curtia escrever e fazer novos amigos que fez parte de um mundo onde não havia computador, msn, fax, e só se fazia um interurbano quando era pra comunicar morte, nascimento e olhe lá! deve ter tido ao menos um penfriend.
Que nada mais é do que ter amigos usando o msn: a gente não conhecia pessoalmente os penfriends, só por carta. C-A-R-T-A. Escrita à mão, com papel de carta. No começo a gente usava os papéis floridinhos, de ursinho, hello kitty (sim, essa gata é jurássica). Depois, à medida que a conversa tornava-se mais detalhada e a gente tinha assunto pra dedéu, passava-se a usar aquele papel fininho, de bloco de carta, pautado, que era pra pesar menos no correio e a carta ficar mais baratinha. E também pra não desfalcar a coleção de papel de carta duramente adquirida.
Porque os penfriends que se prezavam eram internacionais, claro! E a gente se escrevia em Inglês. Hoje eu fico pensando como é que eu era safo suficiente na língua pra escrever 4, 5 páginas em inglês pra alguém. Assunto não faltava, o que faltava mesmo era domínio da língua, devia ser aquela beleza, mas ninguém reclamava. O que valia era ficar esperando a carta chegar, coisa que levava pelo menos uns 15 dias, maior ansiedade!
De todos os que eu tive, lembro-me de uma em especial. A Dolores Prior, de Cingapura. Passamos anos nos correspondendo, para falar a verdade, cessou mesmo depois que me casei, mudei de cidade, de vida, de cabeça, de tudo e não coube mais na minha vida uma penfriend.
Depois fiquei com saudades de conversar com ela, de contar coisas que aconteciam, de saber o que rolava na vida dela, tão diferente da minha e ao mesmo tempo tão igual!
Tivéssemos continuado, provavelmente já nos teríamos conhecido pessoalmente. Trocaríamos fotos dos nossos filhos, e usaríamos hoje o msn pra falar uma com a outra. E também o skype e assim eu saberia como era a voz dela. Que eu imaginava bem doce, porque ela era assim, doce. Mandou uma vez, entuchada num envelope (e ninguém sonhava nesta época em carta bomba), uma bolsinha pra colocar moedas que ela mesma tinha feito para mim. Azul-marinho de bolinhas brancas, uma rendinha em volta... saudade...
Hoje eu comparo os penfriends às pessoas que conhecemos via internet, no meu caso via blog. Nem conhecia a Marcinha pessoalmente mas já lia o blog dela, e até hoje o leio quase todos os dias e assim acompanho as peripécias de M&M em terras reais. Nunca cruzei com a Ju Geve e já leio e palpito o blog dela.
E me surpreendo em quantas vezes pensamos igual, sentimos parecido e sofremos as mesmas angústias e alegrias.
Só mudaram mesmo as ferramentas. Em vez de papel, caneta e deitar de bruços na cama, teclado, mouse e monitor.
(Se eu falar este termo pra minha filha de 14 anos, ela provavelmente vai achar que sou louca: Mãe, que diabéissolamordedeus?)
E acho que todo mundo que curtia escrever e fazer novos amigos que fez parte de um mundo onde não havia computador, msn, fax, e só se fazia um interurbano quando era pra comunicar morte, nascimento e olhe lá! deve ter tido ao menos um penfriend.
Que nada mais é do que ter amigos usando o msn: a gente não conhecia pessoalmente os penfriends, só por carta. C-A-R-T-A. Escrita à mão, com papel de carta. No começo a gente usava os papéis floridinhos, de ursinho, hello kitty (sim, essa gata é jurássica). Depois, à medida que a conversa tornava-se mais detalhada e a gente tinha assunto pra dedéu, passava-se a usar aquele papel fininho, de bloco de carta, pautado, que era pra pesar menos no correio e a carta ficar mais baratinha. E também pra não desfalcar a coleção de papel de carta duramente adquirida.
Porque os penfriends que se prezavam eram internacionais, claro! E a gente se escrevia em Inglês. Hoje eu fico pensando como é que eu era safo suficiente na língua pra escrever 4, 5 páginas em inglês pra alguém. Assunto não faltava, o que faltava mesmo era domínio da língua, devia ser aquela beleza, mas ninguém reclamava. O que valia era ficar esperando a carta chegar, coisa que levava pelo menos uns 15 dias, maior ansiedade!
De todos os que eu tive, lembro-me de uma em especial. A Dolores Prior, de Cingapura. Passamos anos nos correspondendo, para falar a verdade, cessou mesmo depois que me casei, mudei de cidade, de vida, de cabeça, de tudo e não coube mais na minha vida uma penfriend.
Depois fiquei com saudades de conversar com ela, de contar coisas que aconteciam, de saber o que rolava na vida dela, tão diferente da minha e ao mesmo tempo tão igual!
Tivéssemos continuado, provavelmente já nos teríamos conhecido pessoalmente. Trocaríamos fotos dos nossos filhos, e usaríamos hoje o msn pra falar uma com a outra. E também o skype e assim eu saberia como era a voz dela. Que eu imaginava bem doce, porque ela era assim, doce. Mandou uma vez, entuchada num envelope (e ninguém sonhava nesta época em carta bomba), uma bolsinha pra colocar moedas que ela mesma tinha feito para mim. Azul-marinho de bolinhas brancas, uma rendinha em volta... saudade...
Hoje eu comparo os penfriends às pessoas que conhecemos via internet, no meu caso via blog. Nem conhecia a Marcinha pessoalmente mas já lia o blog dela, e até hoje o leio quase todos os dias e assim acompanho as peripécias de M&M em terras reais. Nunca cruzei com a Ju Geve e já leio e palpito o blog dela.
E me surpreendo em quantas vezes pensamos igual, sentimos parecido e sofremos as mesmas angústias e alegrias.
Só mudaram mesmo as ferramentas. Em vez de papel, caneta e deitar de bruços na cama, teclado, mouse e monitor.