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domingo, outubro 31, 2004

Olhar atento 

Um provérbio russo:

Não amamos as pessoas porque elas são bonitas, mas porque nos parecem bonitas porque as amamos.

O segredo da conquista é, singelamente, contemplar a fantasia.

(Post escrito no rastro da série Mulher para Casar!)


sexta-feira, outubro 29, 2004

Malhação 

Amanhã cedinho, academia, às seis em ponto, para dar andamento ao projeto Arrepio na nuca...

Essa é pra casar II 

Uma das coisas legais do Bóbis é observar, pelos comentários, como cada post foi recebido pelos leitores bobiados.
É comum que a idéia principal do post seja abandonada e que um detalhe do texto seja o mote de vários comentários. Ou que os comentários sigam uma linha diferente à medida que vão se avolumando, e que o comentário de alguém suscite mais comentários do que a idéia inicial do post. Muitas vezes, um mal guarda semelhança com o outro.

Um grande exemplo disso foi o post Essa é pra casar. O assunto principal era uma dúvida feminina, que pode ser resumida na idéia a seguir: numa época em que o casamento é tão execrado, que a maior parte das pessoas afirma em alto e bom tom que "casamento Deus me livre!", o que significa ser classificada como Essa é pra casar?

Nós, meninas do Bóbis, só queríamos saber isso. E nenhum homem, nos quase 30 comentários que o post recebeu (ok, ok, dois terços foram os nonsense do Myself), nos esclareceu a questão, ainda que apenas com sua visão pessoal da história, ainda que não falasse em nome dos seus colegas de vestiário.


quarta-feira, outubro 27, 2004

Orkut 

Pode existir coisa mais sem graça do que chamar o Orkut de Yakult ou iogurte?

Essa é pra casar! 

O que exatamente significa a frase acima atualmente?, perguntamos nós, mulheres.

Já houve um tempo, e nem é tanto assim, acho mesmo que ele ainda perdura, em que a expressão acima definia as mulheres honestas, direitas, com as quais os homens constituíam família (a expressão é para combinar) e tinham filhos lindos. Mas com as quais nem passava pela cabeça os detalhes mais sórdidos do sexo, pois eles não combinavam com a imagem de santa que a mãe de seus filhos e sua esposa tinha de ter. Enfim, era um elogio grau dez!

Uma dama na sociedade e uma prostituta na cama? Mais ou menos, na verdade, a esposa não podia exagerar na criatividade, afinal de contas, tinha aprendido onde?

E aí o mundo mudou. E o "essa é pra casar" passou a ser inclusive uma cantada, um elogio, com significado oposto, o de que a mulher seria tão linda, gostosa etc que o cara inclusive cometeria a loucura de se casar com ela para tê-la de todas as maneiras.

E já que o mundo tá sempre mudando, quando nós, meninas, ouvimos hoje um "essa é pra casar" sem ser na obra da esquina, ficamos pensando o que o cara em questão quer dizer com isso. E dependendo da circunstância, pode soar mais como ofensa do que qualquer outra coisa.

Abaixo, algumas hipóteses:
1. Que quer ter alguma coisa séria e tá sondando pra ver se temos estirpe para ser a senhora fulano de tal.
2. Que não tá a fim de nada e usou essa pra sair pela tangente elogiando(?) a menina.
3. Que não sabe o que quer e tá ganhando tempo.
4. Que te acha muita areia pro caminhãozinho dele.
5. Nenhuma das anteriores

Rapazes, o que queremos avisar a vocês é que todas nós somos sim, pra casar. E também para curtir, para namorar, para viver, para ficar, para chorar, para rir, para trocar idéias, para ver no que vai dar.

Que até pode ser em casamento, por que não?


quinta-feira, outubro 21, 2004

Teste de paternidade 

Deu na Folha online de hoje que o Superior Tribunal de Justiça vai considerar como pai legítimo da criança o homem que se recusar a fazer exame de DNA para comprovação (ou não) de paternidade.
A decisão baseia-se em julgamentos anteriores, já que pela lei brasileira nenhum homem é obrigado a fazer o exame. E deve causar polêmica no mundo masculino.

Não sou homem, então, não posso opinar por eles. Acredito que deva ser bastante desagradável ter de provar na Justiça que não é pai de uma criança. Imagino a situação de pessoas visadas, como artistas e jogadores de futebol, que além de tudo têm sua intimidade exposta na TV.
A decisão baseia-se também no fato de que a esmagadora maioria das mulheres, salvo em caso de reconhecida má fé, sabe exatamente quem é o pai do seu filho. E que, quando entra com um processo de reconhecimento da paternidade, quase sempre entra "pra ganhar", e já tentou de todas as formas amigáveis possíveis entrar em um acordo com o pai da criança.

Muitas vezes a mulher, ao se ver grávida, tem pensamentos do tipo: ah, eu dou conta sozinha; não preciso dele; serei pai e mãe ao mesmo tempo. A realidade se sobrepõe sob a forma dura da certidão de nascimento em branco no lugar do nome do pai, das perguntas infantis que certamente virão, da ausência nas fotos, e, por que não? da inesperada carga financeira que criar uma criança acarreta. E o pai passa a ser figura importante, ainda que seja apenas para constar seu nome da certidão de nascimento. Ainda que seja para que, no futuro, a criança diga: eu não vejo meu pai há anos, mas ele é o fulano. Ainda que se manifeste por meio de um depósito bancário mensal.

Vista sob esta ótica, a lei é machista. Coitadinho do sujeito, não vamos melindrá-lo com um exame que dura poucos minutos e que resolve de vez a questão. É preferível deixar uma criança sem saber quem é de fato o seu pai. E, é óbvio, a mãe é colocada na posição de vagabunda aproveitadora. O tipo existe? Sim, claro, haja vista os casos do cantor Falcão e daquele pagodeiro cujo nome não me lembro, que foi até preso por não pagar pensão alimentícia pras filhas gêmeas, para depois descobrir que as meninas não eram suas filhas. Sempre existirão. Como sempre existirão os pais que assumem, entre surpresos e satisfeitos, seus filhos, e aqueles que farão de tudo para se esquivar.

Mas eles não são importantes. Importante nisso tudo é a criança, que tem agora assegurado seu direito de ter um pai para chamar de seu, ainda que apenas de maneira simbólica, já que tribunal nenhum pode obrigar um homem a dar amor, atenção e carinho ao seu filho, seja ele reconhecido espontaneamente ou não.

O que, no fim, é a grande lástima dessa história toda.

quinta-feira, outubro 14, 2004

Baú de recordações 

Fui convidada pra uma festa à fantasia no próximo sábado, que dizem ser fervidíssima. Como não preciso de muita coisa pra me animar a sair e me divertir, ainda mais numa festa em que se pode dançar a noite toda, passei o feriadão pensando em que fantasia usar: agente do FBI? Noivinha? India Cherokee? Um bichinho qualquer personificado em um arco com orelhinhas de pelúcia?

Resolvi então dar uma vasculhada no baú de fantasias da minha filha Isabela, que já tem 14 anos, em busca de inspiração ou de algum acessório que eu pudesse usar. E o que encontrei foi um mundo de boas e queridas lembranças.

Um mundo no qual, chovesse ou fizesse sol, eu saía de casa levando pela mão uma ciganinha, ou uma Pocahontas, ou uma Branca de Neve. Ou mesmo uma Sininho, com asas e tudo, que tinham de ser tiradas pra entrar no carro e recolocadas quando se saía dele. Uma fadinha de chapéu e varinha. Uma princesa de vestido cor-de-rosa de mangas bufantes e saia de filó. A Megara, do desenho Hércules. A Bela, de A Bela e a Fera. A minha Bela...

Tudo isso misturado às fantasias do balé. Minha eterna bebezinha (e atire a primeira pedra o pai ou a mãe que acha de verdade que o filho já cresceu e não precisa mais se preocupar com ele) já pisou no palco vestida de zebrinha, de Minie e de eslovaca. De sapatilha rosa nos pés, com as fitas que eu prendia, com o frufru do cabelo que eu arrumava, com a sainha cor-de-rosa dos ensaios. Tesouros escondidos no fundo do baú.

Uma vida inteira de fantasia (sem trocadilhos) reunida em um baú de vime branco, esquecido num canto do quarto. Lembranças de um tempo maravilhoso que na verdade não terminou, apenas se transformou e deu espaço a novas fantasias e novos sonhos. Se antes eu prendia um coque e colocava um frufru em volta para que ela rodopiasse nas aulas de balé, hoje eu faço escova num cabelo compriiiiido, passo chapinha pra ficar o mais liso dos lisos, e lá vai ela, linda!, rodopiar no shopping.



sábado, outubro 09, 2004

Sinceridade 

"Não há abuso pior que o da sinceridade" Camille Goemans

Apesar dos anos que passamos escutando que mentir é feio, que a verdade é sempre melhor, que quem fala a verdade não merece castigo etc, concordei imediatamente com a frase acima quando a li, alguns minutos atrás.

Até onde podemos ir com a sinceridade? Até onde deixa de ser sinceridade e passa a magoar alguém? Até onde dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade é imprescindível e - arrisco dizer - desejável?

Você tem espelho e balança em casa, além de já ter tentado de tudo pra entrar na calça jeans que até servia direitinho mês passado. Sai de casa arrasada, encontra uma amiga, e fala pra ela da sua desventura. E sua amiga, no melhor estilo poço de sinceridade porque amiga é pra essas coisas, dispara: é, eu também notei que você está bem mais gordinha... Teria sido ela menos amiga se nada tivesse dito? Ou se tivesse falado assim: imagine, você tá super bonita com essa roupa, e além disso tá indo na academia, logo a calça vai servir de novo.

Você sabe que aquele moço com quem você está vivendo um romance de verão não tem a menor intenção de ter um compromisso contigo. E nem você com ele. Aí ele resolve te deixar bem claro que não é seu namorado, que não é apaixonado por você, e para assinar embaixo, começa a relacionar todas as mulheres com quem costuma sair. Precisava mesmo ser assim tão sincero?

Sua amiga cortou o cabelo e ficou uma desgraça. Ela tá infeliz por isso. Melhor ser sincera e dizer: credo, o que foi que você fez com seu cabelo, ou dizer a ela simplesmente que gostava mais do corte anterior? E depois que o cabelo crescer, aí sim, quando ela não tá mais se sentindo a pior das criaturas, você pode falar: seu cabelo tava um horror, nunca mais faça aquilo na vida.

Alardeamos aos quatro ventos o valor da sinceridade. E achamos que é uma qualidade rara, uma enorme virtude o fato de só dizer a verdade, não importa a situação. Mas acho que todo mundo deve ter passado por uma situação em que o excesso de sinceridade magoou.

Sou contra a sinceridade descabida. A sinceridade que entristece, que fere, que é usada como arma para baixar a auto-estima de alguém. Não se trata de viver em um mundo cor-de-rosa, de faz-de-conta, mas de pensar, caso a caso, se naquele momento a sinceridade não seria mais nociva e mais mesquinha do que uma mentirinha inofensiva.


sexta-feira, outubro 08, 2004

Homens no gerúndio 

Lala bobiana, numa noite de quinta na qual saímos dispostas a encher a cara (uma sakerinha cada uma...), me sai com esta pérola da sabedoria feminina:

"nada de homens no gerùndio: O que tá namoraNDO, o que tá daNDO um tempo, o que tá se separaNDO, o que tá se recuperaNDO..."

Mas alguns gerúndios até que são permitidos: o que tá te secaNDO, o que tá te paqueraNDO, o que tá te sorriNDO...


quinta-feira, outubro 07, 2004

SE SEU NAMORADO FOSSE UM CARRO...  

... QUE CARRO ELE SERIA?

(eu fiquei pensando que me viraria bem com um Astra ou um Land Rover)

LAND ROVER
Encara qualquer terreno (inclusive molhado) e situação, sobe em qualquer ladeira e tem baixa manutenção. Apesar do designer não muito sofisticado, é robusto.
JAGUAR
Sofisticado, poucos podem tê-lo. Apesar de não ser muito rápido nas arrancadas, agrada em conjunto, pois vem com todos os opcionais.
BLAZER V6
Grande e espaçoso, bebe muito mais dá conta do recado.
LANDAU
Desengonçado, tem baixo desempenho, bebe muito, é difícil de passar para frente e ainda por cima não cabe em qualquer garagem.
FUSCA
Apesar de velho e antiquado, não deixa você na mão. É pau para toda a obra. Já perdeu o charme, mas ainda é muito requisitado.
MODELOS 1.0
Definição do "meia-boca". Sobe com dificuldade e tem acabamento simples, mas é econômico e fácil de passar para a frente.
LOGUS
Bonitinho, mas ordinário. Causa boa impressão, mas vem com defeitos de fábrica. Além disso, faz muito barulho e é difícil de passar para frente.
ASTRA
Vale quanto pesa. Tem boa performance, é jovem, discreto e só bebe socialmente.
SUZUKI GRAND VITARA
Potente e atraente, muda de visual com facilidade e aceita engate na traseira.
DIPLOMATA
Visual antigo, mas com belo interior. Apesar de fora de linha, agrada após um tempo de convívio. Quando parte deixa saudades.
A3
Arranca em poucos segundos, é bonito, simpático e desejado por todos.
BESTA
Gosta de trabalhar, mas pega qualquer um. Roda muito, tem grande autonomia e sempre acaba se envolvendo em encrencas com vítimas.

tirado do blog http://www.zerok2.blogspot.com/

quarta-feira, outubro 06, 2004

Quase a mesma coisa 

Firmemente resolvida e me tornar corredora como a Daniela Cicarelli (pela enésima vez, mas isso é sinal de persistência, não acham?), consultei uma especialista no quesito nutrição para ter hábitos alimentares masi saudáveis.

O próximo passo é ter um namorado boleiro. Para tanto, já tô de butuca num campinho de areia que tem na esquina da rua da minha confecção, lá no MMSA (Mundo Maravilhoso de Santo Amaro, onde tem de tudo, então...), onde aos sábados rola um fervidíssimo jogo de futebol.

Vai que descolo um centroavante bacana, dono de um escort XR3 conversível amarelo que pára sempre por lá... serei um clone da Dani! Até porque já cortei o cabelo parecido com o dela.

Ué, Ronaldinho não tem uma Ferrari? Então, tudo carro esportivo...

terça-feira, outubro 05, 2004

Apenas bons amigos 

Cláudia Maria e Fábio se conheceram em Brasília, no colégio, na oitava série, lá pelos idos de 1980. Tornaram-se bons amigos.
Estudaram juntos até o fim do colegial. Formaram-se juntos. Continuaram bons amigos. Saíam juntos para jantar, ir a shows, ao cinema...
Um dia, os dois bons amigos passaram a ser mais que dois bons amigos. E já estão casados há uns 14 ou 15 anos. Primeiro no civil; um ano depois, no religioso (no qual o noivo chorou copiosamente de emoção durante toda a cerimônia). Têm duas filhas.
E continuam bons amigos, pelo que sei.
Pra vocês verem, leitores do Bóbis, onde é que amizades podem dar...

segunda-feira, outubro 04, 2004

Pois é... 

... acho que vai faltar azeite pra gente ferver. Vamos ter de apelar para o óleo de fritar pastel da feira do Braz mesmo.

domingo, outubro 03, 2004

ELE 

TE-EU
TODO TE-EU
MI-NHA
TODA MI-NHA...

Esta noite, eu, Lala bobiana e Lu Fernandes, assídua leitora e comentarista do Bóbis, lavamos a alma: fomos ao show do tudibommachopacas. Sim, dele, do incomparável

SIDNEY MAGAAAAALLLLLLLL

Valeu a pena amargar uma hora e meia de fila debaixo do guarda-chuva! Preciso dizer que cantamos até não poder mais? Que gritamos "liiiindooooo" até ficarmos completamente roucas? Que a chapinha dos cabelos não resistiu ao suor de quem pulou em meio a duas mil pessoas enlouquecidas ao ouvir Sandra Rosa Madalena? Com direito a Lu Fernandes subindo no palco, tascando-lhe um beijo na bochecha e sendo retirada de lá a força pelo segurança... UUUAAAAUUUUUU!!!!!

A despeito do cenário favorecer, já que estávamos em uma festa já famosérrima em São Paulo, a Trash 80's*, o cara é o carisma em forma de artista, ainda que vestido com uma cafonérrima camisa de bandeira do Brasil. E retribui o carinho do público com um sorriso na cara, um vigor incomum para um homem que já passou dos 50, e demonstra enorme felicidade por ver tantas pessoas gritando seu nome. Não faz tipo. Não quer cantar nenhuma composição cabeça, nem uma música nova que compôs em um momento de reflexão. Ele tem a inteligência e a sensibilidade de saber que a imagem dele, Magal, está definitivamente ligada a sucessos como Sandra Rosa Madalena, Meu sangue ferve por você, Amante Latino e tantas outras. E que se ele não cantar nada disso, não é o Magal que tanto amamos.

A todos os leitores do Bóbis, fica o convite para o próximo dia 16 de outubro, para o show da Gretchen, no mesmo local. Para mais uma vez suar a camiseta, e voltar para casa mancando, depois de dar perda total nos pés. E de quebra conferir as celulites da moça e voltar pra casa se achando a Ana Hickman...


*Trash 80's é uma festa semanal que acontece aqui em SP, na qual tocam músicas dos anos 80 e 90 que não tocam mais em lugar nenhum, porque são consideradas cafonas. Elas são misturadas com aquelas que são cafonas pra valer, como Menudo, Dominó, Rosana, e todas da Rainha Xuxa. Imperdível!


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