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quarta-feira, novembro 24, 2004

Romantismo 

Pode existir coisa mais romântica do que um homem oferecer seu cartão de bilhete único* emprestado para uma mulher, desde que ela prometa estar lá no dia seguinte para que ele possa revê-la?
(Santo Amaro, terminal de ônibus, 23 de novembro de 2004)




* cartão recarregável que te permite usar o tranporte público (ônibus apenas) por duas horas pagando uma única passagem.



sexta-feira, novembro 19, 2004

Coisas que você fez por amor... e fez feliz! 

Todo mundo, ou pelo menos quase todo mundo, tem uma historinha estapafúrdia de alguma coisa que fez por amor, que jamais faria em sã consciência, mas que na ocasião fez, e fez feliz da vida.

Não me refiro, claro, às loucuras que escutamos por aí, nem a coisas trágicas, mas a bobaginhas que, quando passam, a gente fica se perguntando: como é que eu pude?

Eu, por exemplo, passei uma tarde feliz visitando o Corínthians e sabendo em detalhes da história do clube por meio dos seus troféus, me sentindo a mais namoradinha do mundo. Pelo mesmo motivo, desembarquei de vestidinho e sandália de salto na quadra da Gaviões da Fiel, pleno sábado, pouco antes do carnaval, achando tudo cor-de-rosa.

Uma amiga minha fez plantão praticamente diário na estação Sé do metrô porque sabia que aquele era o caminho do seu paquera. E um dia foi recompensada por um encontro "casual", que renderam beijinhos. Diga a ela pra ir pra lá de novo pra ver se ela vai...

A outra freqüentou uma sessão espírita só porque tava de olho no irmão da menina que promovia o evento. Uma outra passou 12 horas (isso mesmo, do-ze) sentada na grama úmida, desconfortável, com as formigas em polvorosa em volta, para se regozijar com o projeto musical alternativo do qual seu amado participava.

E o que dizer de se mandar pra Cuba e ficar tomando banho de canequinha, se achando Eva no Paraíso? E sair do Ibirapuera em seu carro e se despencar até Carapicuíba com a mesma alegria com que iria passar a primavera em Paris? Quem mora em São Paulo vai entender bem o que significa o trajeto.

Muitas outras histórias devem existir por aí, que a gente nem imagina. No fim, isso é o que dá cor à vida, não?

quarta-feira, novembro 17, 2004

PARABÉNS!!!!!! 

PARA A LALA, PELA SUA FORMATURA!!!!!!!!!
beijinhos

quinta-feira, novembro 11, 2004

Um Homem de Família 

Gosto muito do filme do título deste post. É uma história levinha, onde tudo acaba bem no final. Um filme que se passa no Natal, época do ano mais sentimental que existe, ao menos pra mim.

O que mais gosto nele é que é um filme sobre escolhas, e sobre as visões diferentes que se pode ter sobre uma mesmo tema, sobre uma mesma situação. Duas pessoas podem chegar a conclusões díspares sobre a mesma coisa observada, quando se trata de relações humanas.

Kate podia ter um futuro brilhante como advogada de uma multinacional e assumir uma área importante da empresa na França. É o que teria feito se não tivesse se casado com Jack e tido dois filhos.

Jack seria um corretor de Wall Street, milionário, se não tivesse se casado com Kate e tido dois filhos, e ido morar no subúrbio, e assumido a loja de pneus do sogro que infartou etc etc.

A despeito da situação em que as personagens se encontram no filme (quem não viu ainda, pegue na locadora, que o filme é bem legal), Jack acha que Kate disperdiça seu potencial profissional trabalhando para uma firma sem fins lucrativos, recebendo um salário mísero, vivendo uma vida de classe média nos arredores de NY. Sofre porque não pode ter ternos Ermenegildo Zegna, nem andar de Ferrari, nem morar de frente para o Central Park. E nem percebe que seus vizinhos o invejam por ele ter a vida que tem: filhos que o adoram, mulher que o ama tanto, mesmo depois de 13 anos juntos.

Ele leva tempo para perceber que Kate se sente felicíssima com a própria vida - e isso o surpreende - , e que não deseja outra coisa senão estar perto do seu amado Jack e dos seus filhos, não importa em que situação. Que escolheu isso para si, e apesar de pensar sim no que poderia ter sido se tivesse escolhido outra coisa, apesar de muitas vezes desejar coisas que não pode ter, isso é tudo perfumaria. Ela escolhe eles dois, juntos, e por conta dessa escolha toma suas decisões, mesmo quando isso significa abrir mão de coisas que lhe são caras, porque para ela nada é mais importante do que sua escolha principal.

Este tema me toca profundamente sempre que me deparo com ele: escolhas e suas conseqüências. A arte de saber escolher e de arcar com tudo de bom e de ruim que vem com a escolha feita. Muitas vezes o que não escolhemos nos parece muito mais dourado e brilhante, porque os sonhos sempre parecem melhor que a realidade, uma vez que neles não há desgastes, brigas, contratempos, fracassos. Isso pode se referir a cidades, trabalhos, viagens, pessoas...

Eu sonhei em ser correpondente internacional, viajar o mundo todo, ver tudo, aprender in loco sobre outras culturas. Escolhi me casar com 20 anos de idade e ter uma filha. Se hoje penso em como poderia ter sido se eu tivesse escolhido diferente, em todo o glamour da profissão e satisfação profissional, logo me vem à cabeça a minha filha e tudo de bom que compartilhamos nesses 14 anos de convivência (quse 15, contando o tempo da barriga), os momentos alegres e tristes que tivemos juntas, os risos, as brincadeiras, as descobertas.

E quando eu penso em alguma matéria bem bacana que eu certamente teria feito, eu me sinto como a Kate: todo o resto não faz muita diferença no final.

Para as meninas apenas:
(Se nada disso foi motivação suficiente para ver o filme, saibam que o protagonista é o Nicolas Cage)


terça-feira, novembro 09, 2004

Joana 

Joana levanta-se cedo, por volta das seis, seis e quinze da manhã, espreguiça-se. Vai tomar seu mocaccino enquanto seus companheiros de trabalho chegam aos poucos, todos a cumprimentando efusivamente.

Saem todos juntos para a jornada de trabalho, chova ou faça sol. Joana considera seu trabalho muito importante e sua presença, fundamental. Tanto que, mesmo cansada, não abandona sua equipe e faz questão de acompanhá-la de perto o tempo todo. Pode até dar uma paradinha pra descansar, mas abandonar o posto, jamais!

No fim do expediente, volta para sua casa para descansar. E à noite não se furta a socializar com os vizinhos que porventura apareçam em sua casa.

Joana é a cachorrinha vira-lata que acompanha os garis que varrem as ruas desse pedacinho do Morumbi onde moro. Ela acorda quando eles chegam ao posto de gasolina onde ela mora, no fim da minha rua, para pegar o carrinho, vassouras, pás etc, que guardam lá. A mocinha da cafeteria do posto prepara-lhe um mocaccino, que ela toma religiosamente todas as manhãs antes de sair com eles.
E à noite, posto de gasolina fechado, faz festinha pra quem qeur que passe pela calçada.

Adotada pelos garis, dormia no posto. Até que uma moradora da região resolveu protegê-la. Comprou casinha, caminha, cobertor. Leva ao veterinário, dá banho, vacinas, remédio pra pulgas e vermes. Compra ração. E quando o posto ficou fechado para reforma, ia todos os dias lá cuidar de Joana, que continuou firme e forte em sua jornada de trabalho, retribuindo com sua fidelidade o carinho recebido.



Esperança 

Será que finalmente vai fazer sol pra poder descer pra praia no feriadão?
Quem já tiver visto previsão do tempo contrária a essa crença em algum lugar, por favor, não me conte pra não estragar minha doce ilusão.

domingo, novembro 07, 2004

Música-tema para começar bem a semana 

Cheek to Cheek
music and words by Irving Berlin

Heaven... I'm in heaven,
And my heart beats so that I can hardly speak.
And I seem to find the happiness I seek,
When we're out together dancing cheek to cheek.

Heaven... I'm in heaven,
And the cares that hung around me through the week,
Seem to vanish like a gambler's lucky streak,
When we're out together dancing cheek to cheek.

Oh, I love to climb a mountain,
And to reach the highest peak.
But it doesn't thrill me half as much
As dancing cheek to cheek.

Oh, I love to go out fishing
In a river or a creek.
But I don't enjoy it half as much
As dancing cheek to cheek.

Dance with me!
I want my arms about you.
The charms about you
Will carry me through to...

Heaven... I'm in heaven,
And my heart beats so that I can hardly speak.
And I seem to find the happiness I seek,
When we're out together dancing cheek to cheek.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Só no Brasil... 

... para num espaço de meia hora você ser chamada de "meu anjo" pelo vendedor da loja de tecidos, de "minha querida" pelo vendedor da loja de zíperes, e de "meu amor" pelo dono da padaria.

quinta-feira, novembro 04, 2004

Cadê? 

A Sollangy?
Será que se casaou com o Vandergledson e os dois saíram em lua-de-mel para Poços de Caldas?
Será que Sollangy resolveu mesmo ser modelo e sumiu neste mundo afora pra escapar da ira do Vandergledson?
Será que ela foi pra Peruíbe, perto de Monguaguá, do lado de Itanhanhém, passar uns dias na casa da tia Darcy ajudando ela a podar as sambambaias?
Mistério...

quarta-feira, novembro 03, 2004

Lembranças de menina 

Domingo à tarde, papinho depois do cinema, lembranças de anos atrás. Engraçado como as coisas acabam vindo à cabeça, bastando que se comece a puxar um fiozinho e logo vem um monte de outras lembranças junto...

Acho que minha primeira paixonite foi na primeira série, pelo Sérgio, que tinha um irmão gêmeo idêntico, mas eu gostava era do Sérgio. Desilusão profunda foi quando a professora escolheu os pares da quadrilha da festa junina e colocou o MEU Sérgio para dançar com a semgraçeza da Graça e me colocou pra dançar com o meu cunhado, que nem de longe chegava aos pés do MEU Sérgio...

(Nem me lembro mais da cara dele, só me lembro que meu vestido era meio alaranjado)

Quando eu tinha uns 12 anos eu era apaixonadíssima pelo Márcio Figueiredo. Pensando bem, agora, bonito ele não era não, mas como bem lembrou a Luciana no post anterior, eu o olhava com os olhos do afeto: cabelos loiros, olhos pretos, branco toda vida, como um bicho de goiaba (sim, meninas, um dia na minha vida eu gostei de um moço desbotado). Judeu e, com apenas 14 anos, já estava tirando o brevê de piloto para voar na empresa de táxi aéreo do pai. Uaaaauuuuu!!!....

Pra piorar minha situação, era quieto. Calado, na dele, só observando... Você vão concordar comigo que eu TINHA de me apaixonar, não?
Por conta desta paixão, descobri tudo o que se podia descobrir sobre Israel na ocasião e já estava até pensando em me converter, no melhor estilo Charlotte (Sex and the City... snif, snif) e ir morar num Kibutz.

(Anos depois, o destino o colocou no caminho profissional da minha irmã,que veio me reportar que o tempo tinha sido bem cruel com o mocinho...)

Na mesma época, apaixonado por mim era o Henrique. Que eu nem ligava, claro, apesar dele fazer um sucessão com as meninas, loirinho, olhos bem verdes, queimado de sol estilo surfista (em Brasília, mas isso é só um detalhe). E eu me lembro de que ele adorava “Born to be alive”. Até hoje, quando escuto esta música, me vejo no La Salle, em Brasília, com Henrique empoleirado na mureta no intervalo, cantando Born to be alive.

(Mas não sei o que foi feito dele, e nem me lembro do sobrenome pra procurar).

Depois, aos 14, foi a vez do Caé, irmão mais velho do meu melhor amigo, ser o dono do meu coração. Ele tinha uns 5 anos a mais que eu, pelo menos, já fazia faculdade de Engenharia e nem sabia que eu existia, ou melhor, saber ele devia saber, devia dizer: é a amiguinha do meu irmão mais novo... argh!!! Mulher nenhuma merece tanto desprezo...

(diga-se de passagem, o tempo com este, foi muuuuuiiiiito generoso!)

Ah, e tinha também o do conto cor de rosa, mas essa história eu prefiro guardar por enquanto...

(e descobrir por mim mesma qual foi a ação do tempo sobre ele!)


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