<$BlogRSDURL$>

segunda-feira, março 28, 2005

O Mundo, sempre Maravilhoso 

Segundona à tarde, seis horas no MMSA (Mundo Maravilhoso de Santo Amaro).

No começo da rua onde fica a confecção, tem um sebo de livros antiquíssimo, provavelmente do tempo em que Santo Amaro ainda era uma cidade independente de São Paulo. O dono do sebo é um velhinho mais antigo ainda, cujo passatempo é dar milho e pão aos pombos que ficam, é claro, esperando pelo rango na porta do sebo.

Com isso, quando a gente passa de carro, é aquela revoada de pombos, tal e qual em Veneza. No dia em que choveu pacas e a rua alagou, aí sim parecia mesmo Veenza, mas isso é outra história, só pra situar vocês no velhinho.

Eis que hoje ele segue sua rotina de fechar o sebo lá pelas cinco e meia, seis horas, e ir pra casa.

Minutos depois, carros de polícia param diante do sebo, bombeiros, transeuntes e curiosos, todos se aglomerando ali na calçadinha.

Assalto? Incêndio? Assassinato?

Não.

O velhinho foi embora, mas antes trancou o sebo... com os clientes lá dentro, numa inédita demonstração de visão empresarial no quesito fidelização da clientela. Tranque seus clientes assim você os impede de comprar no concorrente, como é que nunca pensei nisso antes?

É o surreal Mundo Maravilhoso de Santo Amaro, levantando o astral de todos aqueles que participam do seu cotidiano, não desapontando nunca os seus.

P-R-O-B-L-E-M-A-S 

Problemas, um monte deles pra perturbar.
Nenhum grande demais, todos pequenos, mas que juntos cumprem bem o papel de azedar o dia e testar o bom humor até o limite.
- o ombro machucado que limita o movimento do braço, o que não permite secar o cabelo com secador direito.
- ficar dois meses sem exercício físico por conta do mesmo ombro, ou seja, nada de descarregar o mau humor no body combat.
- a audiência da batida do carro que demorou mais de uma hora pra começar. Pra melhorar, uma testemunha mentirosa me fez perder a causa.
- como conseqüência, a chateação de ter de provar, em menos de dez dias, que o FDP cometeu perjúrio.
- o espelho retrovisor que o ônibus arrebentou quando eu estava num engarrafamento compriiiiiiiiiiiiido, o que resultará na operação: custo do conserto + ficar sem o carro = stress, elevada à quinta potência do transtorno.
- a pressão de um prazo de entrega que tentei antecipar ao máximo por já saber como rola, mas que como em todos os anos, vai ficar em cima da hora.
- o trânsito que peguei hoje, que pegarei de novo dentro de meia hora, que pegarei amanhã e depois, e todos os dias desta semana, porque tenho compromissos na região central da cidade praticamente todos os dias.
Resumindo, meu lema hoje é o mesmo da mãe do Tambor, aquele coelhinho do Bambi: se não tiver nada agradável para me dizer, então não diga nada. Porque eu tô mordendo. E "di com força".

sexta-feira, março 25, 2005

Família 

Família é uma coisa realmente muito boa!
Mesmo quando você pega emprestada a da sua amiga!

quinta-feira, março 24, 2005

Velozes e Furiosos 

Estava eu parada em um engarrafamento caprichado na av. Vereador José Diniz, quando chegando na Ibirapuera, na faixa da esquerda quando POW!!! um ônibus que vinha pelo corredor exclusivo simplesmente arrancou o retrovisor do meu carro, que ficou lá pendurado e que agora terei de morrer numa grana pra consertar. Isso porque tive sorte, pois era pra ele ter detonado toda a lateral esquerda, ou me machucado.

Tenho feito a fisioterapia para consertar meu ombro bem no coração do Mundo Maravilhoso de Santo Amaro, bem lá, na área VIP (como diria Lala), onde o Mundo é ainda mais Maravilhoso. É espantoso ver o comportamento dos motoristas de ônibus ali: avançam o sinal vermelho, andam pela contramão, sobem "um tantinho assim" no meio fio, em especial os que dirigem os ônibus menores. Isso num lugar com alta concentração de pedestres.

O trânsito, que já é caótico, perigoso e massacrante, torna-se ainda mais monstruoso com a atitude dos motoristas de ônibus. Desde que os corredores de ônibus foram inaugurados pela cidade, a velocidade média dos ônibus aumentou, as pessoas perdem menos a hora pra chegar no trabalho. Acho mesmo que o transporte público tem de ter prioridade sobre os carros para ver se a cidade melhora. Só que com isso, os ônibus passam nos corredores a 70, 80 por hora. Cadê a fiscalização?

Quem controla um bicho daquele tamanho, pesado, nesta velocidade? Nem sendo Sandra Bullock em Velocidade Máxima.

Isso contribui para tornar a cidade ainda mais desumana, ainda mais selvagem.

quarta-feira, março 23, 2005

Recordar é... viver... 

Uma frase já batida diz que Recordar é Viver. Eu sou do tipo que gosta bastante de lembrar de fatos passados, de épocas passadas, de coisas da minha vida, de reler cartas há muito guardadas, ver fotos em álbuns, ouvir música velha...

E ler emails guardados todos eles em uma pastinha exclusiva para que possam ser acessados a todo momento que se quer.

Hoje abri uma pastinha que estava fechada há muitos dias, há semanas... que eu nunca mais tinha aberto, que eu tentei esquecer, que eu até mesmo achei por bem mandar pra lixeira, mas fato é que não tive coragem e a pastinha continuou ali, quieta, impondo sua presença pelo simples fato de existir.

Os mesmos textos que um dia me deixaram tão contentes agora me fizeram chorar. De pura saudade, que achei que não sentia mais.

Sim, eu acho que recordar é viver, porque a nostalgia faz parte da vida e é o nosso passado que determina o que somos hoje.

Mas, muitas vezes, recordar acaba sendo sofrer. E sentir saudades que não se queria sentir.

terça-feira, março 22, 2005

Bola rolando 

Comecei ontem a fazer um curso na FGV sobre Administração Esportiva com foco no futebol. Uma delícia de curso, super envolvente, como de resto tudo o que cerca o futebol o é.

Tive apenas duas aulas, mas é interessante a abordagem do futebol como produto. Não apenas do jogo em si mas principalmente da paixão pelo time e todos os desdobramentos que isso pode desencadear. É apenas o começo e já vi coisas sobre as quais nunca tinha pensado, e acesso a informações mercadológicas e pesquisas no mínimo intrigantes sobre o assunto.

Legal também é a composição da turma. Os critérios de seleção são voltados para que se consiga a turma mais heterogênea possível sob o ponto de vista profissional, o que enriquece a discussão em sala, pois cada um tem um ponto de vista do negócio de acordo com sua experiência profissional e pessoal.

Até agora só houve um ponto fraco no curso: o Rogério Ceni (goleiro do São Paulo) ia fazer o curso na minha turma e teve de deixar pro semestre que vem. Imagine que coisa legal ter alguém que vive a realidade do futebol na pele como seu colega de classe num curso sobre o assunto?

Melhor que ele, só se fosse o Raí. Aí seria um gol de placa da FGV!

sexta-feira, março 18, 2005

Vingança 

A vingança é um prato que se come frio.
Se for numa noite chuvosa então... nem se fala!

Contundida 

Há 3 semanas, tive um estiramento muscular no braço enquanto estava na massagem. Coisa mais besta.
Evoluiu ali silenciosamente, negligenciado por mim que achava que um dia aquela dorzinha ia passar sozinha.
Até que ontem, me virando na cama pra pegar o controle remoto da TV, forcei o mesmo braço (forcei nada, ele que já tava podre mesmo) e pumba! estropiei o ombro. Mais bestamente ainda.
Resultado: anti inflamatório, fisioterapia, tipóia pra ajudar a deixar o ombro quietinho por uns dias.
Ainda se fosse jogando um vôlei, descendo uma corredeira, na aula de body combat, teria algum glamour, mas dessa forma...
Por favor, poupem-me de observações do tipo: "é problema de DNA", ou "é PVC", ou "é problema de junta".

terça-feira, março 15, 2005

Brasília, 20 anos atrás 

1985. Posse do Tancredo Neves, o primeiro presidente civil depois de tantos anos de ditadura, que, apesar de não ter sido eleito diretamente pelo povo, era dele o preferido.

Mas para nós, moradores da quadra 206 Sul, em Brasília, era a posse do nosso vizinho...

A 206 Sul era (e ainda é) uma quadra fervidíssima. Na ocasião, havia nela uma sorveteria, a Summer, que fazia com que a rua do comércio local ficasse intransitável nos domingos à tarde. Na frente dela a confeitaria Praliné, que existe até hoje. Acima de nós, o céu de Brasília, lindo, de um azul muito intenso, com nuvens que não existem iguais em parte alguma. E lotado de estrelas à noite.

Enfeitamos a quadra inteira pra comemorar a eleição do nosso vizinho. Os troncos das árvores foram pintados de branco pela metade. Nas janelas, bandeiras do Brasil o homenageavam. Meu pai, que tinha leve semelhança com o Tancredo, apesar de beeeeemmmmm mais moreno, adorava entrar de carro na quadra e acenar para as pessoas, que por um momento pensavam que era o presidente eleito que acenava para elas. Uma diversão!

Faixas com dizeres de incentivo e esperança foram estendidas para que ele as lesse quando saísse de casa em direção ao Congresso Nacional (para quem não conhece Brasília, as quadras não têm muros ou cercas, mas entra-se e sai de carro por uma única entrada/saída). Obrigatoriamente ele teria de passar na frente do meu prédio para poder sair da quadra.

Mas ele não viu as árvores enfeitadas, as faixas, as bandeiras, nem passou dando tchauzinho pra adolescentada pelas calçadas como fazia quando passava pela aglomeração em frente à sorveteria nos finais de semana.

Muito menos acenou para nós, seus vizinhos, quando fomos até o Eixão para vê-lo passar pela última vez. Nem viu as árvores com seus troncos, agora com uma tarja preta neles.

O Brasil ficou sem seu presidente tão esperado. E nós, sem o nosso vizinho gente boa.

segunda-feira, março 14, 2005

Os patinhos 

Ele viajou e voltou com um presente para a casa nova. Ela tentou adivinhar o que poderia ser. Ele tirou da mala: três patinhos idênticos de borracha.

Ele os colocou na banheira da casa nova, os três patinhos idênticos. Uma família de patinhos que passaria a morar ali, ele disse.

O tempo passou... menos para os patinhos. Eles continuam no mesmo lugar, apesar de tudo.

Imperdível 

"Clodovil posa seminu para a G Magazine de abril"

14 de março 

Hoje é o dia da poesia.
Mas meu estado de espírito não me permite lembrar de nenhuma bonita para colocar aqui.

sexta-feira, março 11, 2005

Mais uma do MMSA 

Desde que o conlgomerado IC mudou-se para a parte nobre do bairro de Santo Amaro, o Alto da Boa Vista (nome de bairro chique, não?), que as coisas andaram perdendo um pouco a graça, já que por lá não passa a bicicleta do pão com suas incríveis promoções e nem temos o nosso bêbado de estimação pra perguntar, TODOS OS DIAS pela manhã, de quanto o Corínthians tinha ganhado no dia anterior (e a gente respondia sempre que tinha sido 2 x 0 e ele ia embora feliz da vida).

Mas como o Mundo Maravilhoso de Santo Amaro não decepciona os seus, eis que uma bela tarde dessas um mendigo bate na nossa porta e nos pede emprestado R$1.

Não devia ter mais de 60 anos, judiadinho pela pobreza, roupas sujas, pés descalços, boca sem dentes, alegava que devolveria o dinheiro tão logo fosse possível.

Dei a ele o R$1, perguntando o que ele queria fazer com aquele dinheiro. Ele respondeu que ia comprar um pãozinho e uma branquinha (e se tu morasse na rua e não tivesse nem mesmo um chinelo velho pra por no pé também não ia encher a cara?).

Dias depois, ele volta. Para devolver o R$1 que tinha tomado emprestado da gente. Agradeceu e foi-se embora, não sem antes nos desejar tudo de bom e que ficássemos com Deus.

Lugarzinho agradável 

Numa noite quente de verão como as que temos tido, nada como um lugarzinho agradável, ao ar livre, sob as árvores, para comer uma comidinha leve.

Sugiro o Quiosque do Miro, no qual você pode escolher entre três opções de pratos: caldo de mocotó, caldo de piranha e um levíssimo caldo de banha de porco.

Além da comida quase macrobiótica, o quiosque fica no aprazível canteiro que divide uma avenida movimentada.

Onde fica o Quiosque do Miro?

Claro que no Mundo Maravilhoso de Santo Amaro, onde mais poderia ser????

Serviço de utilidade pública 

A todos os leitores do Bóbis, segue um esclarecimento importante:
EU NÃO SOU CORINTIANA!
I´m not corinthiana!
Yo no soy coryntyana!
Je ne suis corrrintianá!
Em várias línguas em tempos de globalização.

quinta-feira, março 10, 2005

Dona Benta 

Quem foi criança nos anos 70 certamente curtia o Sítio do Picapau Amarelo.
Morreu a dona Benta, ou melhor a atriz Zilka Salaberry, primeira vovó do Sítio.
Que fique com Deus.

Morumbi 

Moro no Morumbi, ou melhor, na extensa faixa de terra que é chamada de Morumbi, que é quase todo o lado de lá do rio Pinheiros, em São Paulo, entre Osasco e Taboão da Serra.

O bairro é uma autêntica cidade do interior, uma vez que o trânsito das pontes pra atravessar o rio faz com que os moradores cada vez mais optem pelos serviços disponíveis pelo bairro, que realmente tem de tudo um pouco pra se viver.

Menos vida noturna.

Por volta das dez da noite, solta-se a onça na rua e ninguém mais circula. Pra ferver em algum lugar, só indo pra fora do bairro.

Este cenário muda em dia de jogo de futebol, por causa do Estádio do Morumbi. As ruas se enchem de torcedores que vão chegando com suas camisas e suas bandeiras, a pé, de ônibus regular ou fretado, vans, carros particulares, de todo jeito. Todos cantando o hino do seu time.
Quando são dois times grandes de São Paulo que se enfrentam, todo o bairro é mobilizado, pois o trânsito é desviado de maneira que cada torcida chegue por um lado do bairro pra não haver confronto na rua.

Deixando de lado o trânsito que fica um lixo (voltar pra casa em dia de clássico no Morumbi é tarefa que exige paciência e planejamento de horário), é um espetáculo bacana pra quem, como eu, curte futebol.

sexta-feira, março 04, 2005

Células-tronco 

Agora que foi aprovado projeto que permite pesquisas com células-tronco, é esperar o debate ético que se formará a respeito do assunto.

Imagino que o mesmo debate tenha ocorrido na ocasião dos primeiros transplantes de órgãos, assunto que ainda é motivo de dúvidas. Lembro bem quando passou a ser obrigatório constar da carteira de identidade a condição de não doador de órgãos, caso contrário, o indivíduo seria considerado automaticamente doador.

Não foram poucas as pessoas, entre elas muitas que tiveram acesso à cultura, meios de comunicação etc, que optaram pela colocação do aviso de não-doador em seus documentos, com medo de serem preteridos num possível atendimento hospitalar por conta de serem potenciais doadores de órgãos, temendo que seus rins e fígados fossem retirados e vendidos a preço de ouro, caso sofressem um acidente de carro.

Há anos sou doadora de órgãos, levo inclusive um aviso deste fato dentro da minha carteira, mas posso entender o medo de quem optou pelo não: num país de tão frouxa aplicação de leis como o nosso, o cidadão acostuma-se a pensar no pior e ase defender sozinho.

É o que acontece agora com as células-tronco. Teme-se que mulheres de baixa renda engravidem com o objetivo de vender o embrião; teme-se que embriões sejam produzidos em massa para suprir a demanda. Teme-se tanta coisa, teme-se o desconhecido.

Há ainda a questão religiosa, que num país como o nosso, temente a Deus e à Igreja, acaba tendo peso em um assunto que deveria ser abordado de forma laica: quando começa a vida? A partir de que ponto considera-se um ser humano? Diferentes respostas serão dadas por diferentes religiões sem que se chegue a um acordo sobre isso.

Gostaria que um assunto tão importante merecesse da imprensa, em especial da TV, grande formadora de opinião e fonte de informação de uma parcela enorme da população, ao menos uma parte da atenção recebida pelo casamento vocês sabem de quem.

É uma utopia, mas não seria má idéia ver ao vivo no Faustão, ocupando 40 minutos de programação de uma das maiores emissoras de TV do mundo, um cientista disposto a esclarecer as dúvidas da população sobre o assunto. Viajei agora, né?

Corintiana desde criancinha 

Primeiro contrataram o Tevez.
Agora foi o Passarella.
Tô só esperando chamarem o Batistuta pra vestir uma camisa do Curíntia e ir pra arquibancada gritar Timão ê ô...


This page is powered by Blogger. Isn't yours?