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sexta-feira, abril 30, 2004

Nas águas de Lala 

Lala, faço coro com teu post anterior do Lulu e o completo com a gloriosa Gloria Gaynor

I Wil Survive

At first I was afraid, I was petrified,
Kept thinkin’ I could never live without you by my side,
But then I spent so many nights thinkin’ how you did me wrong,
And I grew strong, and I learned how to get along,

And so you're back, from outer space,
I just walked in to find you here with that look upon your face,
I should’ve changed that stupid lock,
I should’ve made you leave your key,
If I had known for just one second you’d be back to bother me,

Oh now go, walk out the door,
Just turn around now, cause you’re not welcome anymore,
Weren’t you the one who tried to hurt me with goodbye,
Did you think I’d crumble, did you think I’d lay down and die

Oh no not I, I will survive,
Oh as long as I know how to love, I know I’ll stay alive,
I’ve got all my life to live; I’ve got all my love to give,
I’ll survive, I will survive,
Hey, Hey!

O que acha? 

Enquanto o homem certo não vem,
divirta-se com o errado!!!!!!


Ouvi ou li em alguém lugar (?)
PS. aos meninos de plantão, tá valendo a versão feminina da máxima, ok?

quarta-feira, abril 28, 2004

De bom para melhor...  

Amadurecer, crescer não são sinônimos de estagnar, paralisar, enrijecer. Ao contrário, as experiências de nossas histórias devem, ou ao menos deveriam, nos garantir a oportunidade de mudar, de maturar, de aprender, de rever, de A-PRI-MO-RAR!

Um estudo da Universidade de Berkeley (CA) , observou como pessoas entre 20 e 60 anos se comportavam com o passar do tempo. Constatou-se que a responsabilidade por nossos atos e comprometimento com a sociedade e com o outro aumenta, assim como a amabilidade entre as pessoas e melhor que tudo, nossas neuroses tendem a diminuir. Alô mulheres, segundo o estudo, ficamos menos ansiosas ao passar dos 20 para os 30 anos !

Claro que a vida não é uma regra de três e que a equação não se fecha exatamente aos 30, 40, 50... Seria muita pretensão imaginar que a personalidade/história de todos caminham, garantidamente, para o olimpo. Mas, por outro lado, o estudo nos dá mais um indício positivo de que somos capazes de melhorar e reaprender com os eventos da vida – nossos e de outros –, que nossa personalidade não é estanque e nossa história nunca está acabada, até que realmente se acabe!

E você, acha que tem mudado para melhor??

terça-feira, abril 27, 2004

Adivinhe, se for capaz 

A seguir temos o "hino" de um time de futebol do interior do estado de São Paulo. Quem é capaz de dizer QUE TIME É ESSE?
Vamos lá?

Carxara de forfe
Carcanha de grilo
Asara de barata
Suvaco de cobra
Oreia de besoro
Paster de carne
Garrafão de pinga
Minduim torrado
Já que tá que fique
Treis veis cinco é
XV XV XV !

segunda-feira, abril 26, 2004

Sábado emocionante 

Galera do Bóbis
este sábado foi muito bacana! Nem sei se tenho uma palavra que defina melhor quão legal ele foi.
Tudo porque tive o grande prazer de conhecer a Alice!
Ela não nasceu ainda, claro, senão a gente ia estar era preocupado e não comemorando, pois ainda é pequenininha demais pra isso.
Tudo começou com um misterioso convite da Luciana pra tomarmos café no sábado, nove da matina. Ponto de encontro: na frente do prédio dela, sem atrasos.
Cheguei e dali a um pouquinho chegou um amigo do Nando, o Mauro, com uma amiga também comum a eles, a Adriana.
Saímos todos no carro do Nando, destino desconhecido. E ele estaciona na Pró-matre. Para nossos amigos bóbinhos que não moram em SP, é uma das maiores maternidades daqui.
E aí é que veio a surpresa: estávamos todos convidados para o ultra-som da Alice!!! Nos enfurnamos todos na sala do médico. E ele, além de fazer o ultra-som mostrando Alice tim tim por tim tim, ainda nos deu a canja de um tridimensional do rostinho dela!!!! Eu achei que o nariz dela é igualzinho ao da Lu, vamos esperar pra ver ao vivo!
Maravilhas da tecnologia, saí de lá emocionada de ver minha afilhadinha...
De lá, fomos tomar café da manhã todos juntos e mais surpresas: eu e Mauro fomos oficialmente convidados para padrinhos de Alice!!!!!
Confesso que mesmo tendo a Lu me falado algo sobre isso há algum tempo, eu ainda tava na dúvida, viu? Independente de qualquer coisa, eu já me sentia mesmo madrinha da Alice, já tinha amadrinhado no meu coração, que no fim é o que importa. Mas fiquei pensando que ainda tinha água pra rolar embaixo da ponte etc etc...
O convite assim, oficial, preto no branco, com pompa e circunstância, me fez ganhar o dia, a semana!
Significa muito pra mim saber que alguém gosta tanto da gente a ponto de convidar para madrinha do filho, sem que haja laços de parentesco que praticamente induzem-nos a escolher algum parente de sangue.
Lu e Nando, sinto-me feliz, honrada e emocionada com o convite.
Alice, serei a melhor madrinha do mundo para você!!!!!
Um beijo

sexta-feira, abril 23, 2004

Vamos ajudar? 

Vamos salvar o site do Câncer de Mama?

Não custa nada e funciona assim: diga aos amigos para dizerem aos amigos que o site do Câncer de Mama está com problemas por falta no número de acessos e cliques necessários para alcançar quota que lhe permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente.

Basta acessar o site http://www.thebreastcancersite.com e clicar no botão rosa escrito Free Fund Mammogram.

Vamos ajudar? Um gesto rápido que pode salvar vidas!

quinta-feira, abril 22, 2004

Saudades do Bóbis 

Oi, galera do Bóbis!
Já tava pensando que ia ser jubilada do Bóbis...
É que tô inaugurando uma fase bem legal na minha vida: um trabalho bem bacana, que dei um duro danado pra conseguir e do qual venho me orgulhando pacas. Um ex-namorado modelo vai-vem (não aquele vai-vem da nossa infância, mas de outro modelo, um que mais vai do que vem), que consegui finalmente dar um basta, apesar de muito me custar.
Horizontes novos e tão promissores na minha vida... é como se o sol brilhasse o tempo todo para mim, como se cada dia bonito fosse feito só pra mim!
Confesso que tô bem cansada, fisicamente podre, mas muito muito contente! Como se nada pudesse me abalar.
Queria dividir isso com todos vocês, aqui no nosso Bóbis. É isso...



Saudade não tem idade... 

(o título do Post, era um slogan de um programa BREGA de rádio, dos anos 80!)

O Post Que lembra... rendeu! Foi tão gostou escreve-lo quanto ler os comentários. Daí que eu estava passeando por lá, novamente fiquei empolgada com todos os bilhetes legais que os leitores de Bóbis deixaram pregados por lá que resolvi dar um upgrade no texto que ficou assim:

Éramos assim e não sabíamos...
O exagero no visual dos anos 80 refletem o que se passava no Brasil e no mundo, como o fenômeno yuppie, dos jovens workaholics empenhados em conquistar seu milhão de dólares antes dos 30 anos. Surgiam os primeiros PCs e videogames, o cometa Halley provocou especulações (positivas e negativas), a Aids se disseminava, acabava a Guerra Fria e o mundo assistia ao acidente nuclear de Chernobyl. No Brasil, foram os anos do fim da ditadura militar, da hiperinflação, da morte do presidente Tancredo Neves, embalada por Coração de Estudante, de Milton Nascimento e a do poeta Vinícius de Moraes. Momento sacro com a vinda de João Paulo II e “profano” ao som dos acordes que entraram para a história no rock internacional na edição um de Rock in Rio. Em 1989, quase para fechar a década, o país foi às urnas e na primeira eleição direta para presidente, depois de 30 anos.

Cafona sim, e daí?!
Em 1980 o look over foi colorido de pink, verde-limão e laranja fosforescente, ou todas essas cores juntas. Os ombros, quem não se lembra, marcados por ombreiras enormes, e às vezes desproporcionais. A mini-saia reinava soberana, assim como o cós alto (que horror!), jubas armadas cheirando a Neutrox e a princesa Diana começa a ditar moda. Não foi Cláudia Bobiana?!
A moda punk, que nasceu no final dos anos 70, podia ser vista nos penteados e vestimentas como a era disco-glitter... “abra suas asas, solte suas feras uuuuuu, caia na gandaia, entre nessa festa....”.
A descoberta dos benefícios da ginástica acabou levando os tecidos, conceitos e modelagens das academias para o dia-a-dia... “tem que malhar, tem que suar...”. Foi nessa década a primeira edição dos biquinis asa-delta, de cavas pronunciadas ou os “enroladinhos”. Verdadeiros calçolões que se “moldavam” ao corpo (isso é o que os modistas queriam acreditar). A saída de praia passava do camisão social ou camisetão, para a canga de tear. Ainda nos anos 80 surgiu o fio-dental e os homens trocavam os bermudões-garantia-de-pernocas-brancas pela sunga.
Só existiam duas marcas de tênis: Kichute e All-Star. Assim como as jaquetas azuis da Adidas que tinham três listras brancas na manga. E as camisetas? Nenhuma tinha estampa, eram todas lisas. Acho que na época ainda não tinham inventado o Silk-screen... As calças bocas-de-sino, os óculos Ray-Ban, paetês, o colorido, as estampas, a boca vermelha, os cintos e pulseiras de tachinhas, completavam o visual da década!

Não se reprima, não se reprima....
Com o visual “em dia” a ordem era deixar os deveres do colégio na Sexta, retomando apenas na Segunda, e curtir as boates (ou a sessão Mingau, conforme a idade permitisse) ao som de New Order, Soft Cell, Depeche Mode, Smiths, Erasure, Gary Numan, Nina Hagen, Echo, Kraftwerk, Duran Duran, Cure, A-ha, Dead or Alive, Information Society, Tragic Error, Camouflage, Classix Nouveaux, Human League, Visage, ABC, Noel, Pet Shop Boys, Kon Kan, Naked Eyes, Peter Schilling, B-52's, Falco, Alphaville, Yazoo, Bomb the Bass, Boytronic, Spandau Ballet, Art of Noise, Cover Girls, Sandra, Ultravox, Eurythmics, Nena, Bronski Beat, OMD, Heaven 17, Berlin, Pet Shop Boys,
Ah, e é claro, os Menudos, New Kids on the Block, RPM, Titãs, Kid Abelha, Dr. Silvana & Cia, Herva Doce, Os Heróis da Resistência, 'Menina Veneno', de Ritchie e o tcham dos anos 80: o Trio Los Angeles.
Rock in Rio, quem foi?
"se a festa começasse agora/e o mundo fosse nosso de vez/se a gente não parasse mais de cantaaaaaaaa, de se amaaaaaaaaaa/de viver/ouooooooooô/ uooooooooô / Rock in Rio."

Janeiro de 1985: a Cidade do Rock surgiu em um terreno de 250 mil m2, na Barra da Tijuca. O palco foi considerado o maior do mundo na época com 5 mil metros quadrados. Mais dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e por aí vai. Foram 10 dias, 90 horas, 5.400 minutos de muitas drogas, sexo e rock'n'roll, não necessariamente nesta ordem

Na telinha e na telona
Não tínhamos TV a cabo mas tínhamos Juba e Lula Hooowwww, em Armação Ilimitada. Chaves (no SBT), Cid Moreira no JN da Globo e claro: Xuxa, Mara Maravilha, Sérgio Malandro (ainda para crianças) e Bozo com Vovó Mafalda e seus 5:60! Quem lembra de Daniel Azulay e a Truma do Lambe-Lambe: “algodão doce para vocês!”. Além dos importados Super Vick, O Primo Cruzado , Trovão Azul, Viagem ao Fundo do Mar, A Gata e o Rato, Casal 20, Ilha da Fantasia (“olha o avião, olha o avião!”), O Agente 86.
Tínhamos, ainda, os animados: , He-man, She-Ra, ThunderCats, os Jetsons, Os Herculóides, Corrida Maluca, A Pantera Cor de Rosa (que completou 40 anos no dia 11 de Abril) , Leão da Montanha, O Pica-Pau, Sacooby-Doo, Speed Racer (que era uma menina!) , Super Mouse (... seu amigo, vai salva-lo do perigo!), Os Smurfs, Formiga Atômica, Caverna do Dragão e Tu, tu, tu, tu, tu, tu, Tubarão!
O Sábado, à tarde, era do Chacrinha, embora eu preferisse ficar na rua com a turma! e aos Domingos, à noite... pananananaaaaananaaaa.....Os Trabalhões com macarronada reesquentada na casa da Avó!
Poucos tinham vídeo cassete, mas na telona, ou com alguma sorte na Sessão da Tarde vimos, Um tira da Pesada 2, Namorada de Aluguel, Dirty Dancing, Curtindo a Vida Adoidado", Os caçadores da Arca Perdida, De Volta para o Futuro, E.T. o Extraterrentre, Cinema Paradiso, Blade Runner – O Caçador de Andróides, Robocop, Tubarão, Guerra nas Estrelas, Flashdance...

Novelas, um capítulo à parte
Nos anos 80 choramos com os romances das telenovelas, copiamos roupas e cabelos, nos apaixonamos pelos mocinhos (e as vezes pelos bandidos globais sarados!), torcemos e sonhamos com uma vida igual a das heroínas! Lembra de alguma? Confira na listagem: 1981 - Baila Comigo, O Amor é Nosso!, Ciranda de Pedra, Brilhante, Jogo da Vida, Terras do Sem Fim, Os Imigrantes. 1982 - O Homem Proibido, Sétimo Sentido, Elas por Elas, Paraíso, Sol de Verão, Final Feliz. 1983 - Pão-Pão Beijo-Beijo, Louco Amor, Guerra dos Sexos, Eu Prometo, Voltei pra Você, Champagne. 1984 - Transas e Caretas, Amor com Amor se Paga, Partido Alto, Vereda Tropical, Livre para Voar, Corpo a Corpo. 1985 - Um Sonho a Mais, A Gata Comeu, Roque Santeiro, Tititi, De Quina pra Lua. 1986 - Selva de Pedra, Cambalacho, Sinhá Moça, Roda de Fogo, Hipertensão, Dona Beija. 1987 - Direito de Amar, O Outro, Brega e Chique, Bambolê, Mandala, Sassaricando. 1988 - Fera Radical, Vale Tudo, Bebê à Bordo, Vida Nova. 1989 - O Salvador da Pátria, Que Rei sou Eu?, Pacto de Sangue, Tieta, Top Model, O Sexo dos Anjos, Rainha da Sucata, Kananga do Japão.

Brincando nos anos 80
Quem lembra do Telejogo põe-o-dedo-aqui! Depois veio o Atari, muito mais sofisticado, claro. Tivemos também: aquaplay, Playmobil (“bom motivo pra ser criança!), Pogobol, Disney Molde, Comandos em Ação, Estrelão, Ferrorama, PAC MAN, Cubo Mágico (ou Maluco). E mais, Calo Ceci com cestinha (a minha era azul!), fofolete, além do “Pula elástico” (baixinhas eram recusadas!).

E as guloseimas: nham, nham...
Moedinhas e cigarretes de chocolate Pan, cicletes BolinBola e Ploc, balas 7Belo, pirulito Zorro, maria-mole colorida, paçoquinha, o Milkbar era Lolo, biscoitos que já vinham mordidos pelos "Monstrinhos Creck-Creck" e o casco de coca-cola, que só tinha a opção 1litro. Para quem não sabe, casco = garrafa e era preciso leva-lo a cada nova compra!


Ufa, acho que é isso. Ao menos, foi o que consegui em pesquisas rápidas na mente e no google!

quinta-feira, abril 15, 2004

Que lembra... 

Lala Bobiana: Sabe o que é aquela pastona ali?
Lu Bobiana: Não acredito!
Lala Bobiana: É isso messsss...
Lala e Lu Bobiana: COLEÇÃO DE PAPÉIS DE CARTAS!!!!!!!

Atire já o primeiro papel embolado de carta repetido a menina que NÃO teve uma coleção dessas. Bom e é claro que na sequência dessa pueril lembrança vieram outras... porque coleção de papéis de cartas lembra álbum AMAR É (e aqueles cromos prateados dificílimos?!), que lembra álbum do PAULISTINHA (esse mesmo que precisava das tais notas fiscais para troca de novos álbuns e cromos), que lembra coleção SUSI (a Barbie nem era tudo isso na década de 70. Tô errada?) e o Falcon que mexia os olhos (coisa mais estranha, não?). Lembra Estrelão (jo-go-de-bo-tão) e os cobiçados patins de botinha (haja mertiolate para tantos esfolados. E não é que o tal do mertiolate está de volta?)

Lembra também carrinho de rolemã (ao menos no interiorrrrrr), Banco Imobiliário, Cubo Maluco, Gênius, Aquaplay e chicletes Ping-Pong (tuti-fruti ou ortelã com direito a figurinhas que eram decalcadas no braço a base de cuspe!).

Impossível não lembrar, ainda, do Sítio do Pica Pau Amarelo (5:30 da tarde, depois de tomar banho, claro!), da Pantera Cor-de-Rosa, da TV Globinho (e os longos cabelos da Paula Saldanha? As meninas adorava, não? Aliás por onde anda ela?), da Vila Sésamo e dos desenhos do Walt Disney aos Domingos: “ele é o maior viva o Mickey Mouse. Mickey Mouse–Pato Donald, Mickey Mouse – Pato Donald, pra sempre há de ser o nosso herório ói, ói, ói. Entre nessa festa pra cantar com todos nós, ele é meu, ele é seu é o Mickey Mouse!!! Hey Mickey, Hey Mickey VIVA O CLUBE DO MICKEY!!!!

E você, lembrou de alguma coisa?

Papo furado 

"Amar é não ter jamais que pedir perdão" é a frase mais cretina do cinema.

terça-feira, abril 13, 2004

Dia do beijo 

Hoje, segundo o site voxcards, é o dia do beijo.
Então, um grande beijo para todos, da galera do Bóbis!

segunda-feira, abril 12, 2004

A todos vocês! 

Eu apenas queria que você soubesse

Luiz Gonzaga Jr.

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo, presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto, flor do seu caminho
Eu apenas queria dizer
A todo mundo que me gosta
Que, hoje, eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar
É todo dia, toda hora
É se respeitar na sua força e fé
É se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte das novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

A Paixão de Gibson 

Você viu?

Você pode gostar ou desgostar do filme The Passion of the Christ - A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson. Pode ainda ficar sem opinião formada, instigado, achar tudo uma grande aberração, uma produção fiel das últimas horas de Cristo na terra, uma estratégia profissional para arrebanhar algumas estatuetas ou ainda a tradução de um católico ortodoxo que se valeu da posição de ator reconhecido para empurrar, goela abaixo, uma leitura tendenciosa sobre a história mais conhecida da humanidade. Conteúdo para diferentes interpretações não falta. Apenas uma sugestão de quem pouco sabe de filme e quase nada de religião:assista ao longa a partir de dois formatos distintos: um técnico e outro moral.

Tecnicamente...
O filme, que custou ao bolso de Mel Gibon US$ 30 milhões e arrecadou mais de US$ 117 milhões nos EUA nos primeiros cinco dias de exibição (25 a 29 Fevereiro 2004).

Adaptado, dirigido e produzido Gibson em parceria com Benedict Fitzgerald, segundo os evangelhos bíblicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, a produção retrata as últimas 12 horas de Cristo na terra. Destaque para a inovação: todos os diálogos dos judeuses, incluindo Cristo, são em aramaico (língua que seria comum na época) enquanto os Romanos falam em latim coloquial.

O longa foi filmado inteiramente na Itália (Matera, região da Basilicata, Sul do país e Cinecitta próxima a Roma) e a equipe de criação buscou dar às cenas um visual barroco inspirado nos trabalhos do pintor italiano Caravaggio, conforme orientações do diretor. 40% da produção foi rodada durante à noite ou em locações cobertas com o objetivo de dar ainda mais dramaticidade à história.

Polêmicas e efeitos colaterais
"O filme é uma apologia e uma distorção histórica capaz de conduzir à discriminação anti-semita", disse psicólogo paulista Jacob Pinheiro Goldberg que entrou com requerimento no Ministério da Justiça pedindo a proibição do filme ou a exibição apenas para maiores de 18 anos. Pra saber mais.

A produção foi acompanhado por três estudiosos de religião que, a convite do jornal O Estado de São Paulo, assistiram a uma sessão exclusiva. Se discordaram em alguns pontos, foram unânimes em um outro: a longo prazo, a produção poderá criar uma mentalidade racista, especialmente entre os mais jovens. Pra saber mais.

O rabino Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista, acusou o filme de ser anti-semita. "O filme de Mel Gibson é uma irresponsabilidade moral, pelo danos que pode causar. Minha preocupação é de que anti-semitas usem o fime para recriar um velho preconceito contra os judeus, conhecido como deicídio". Pra saber mais.


Na Alemanha, dirigentes religiosos exprimem seu temor de que A Paixão de Cristo possa ser utilizada para estimular o anti-semitismo. "O filme contém imagens historicamente associadas ao anti-semitismo", disse Charlotte Knobloch, vice-presidente do Conselho Central Judeu da Alemanha. "O poder sugestivo das emoções mais primitivas darão um novo impulso ao atual ressurgimento do anti-semitismo". Pra saber mais.


Três irmãos judeus entraram na Justiça para tentar banir a apresentação do filme de Mel Gibson Paixão de Cristo na França. Patrick, Jean-Marc e Gerard Benlolo entraram com o pedido em uma corte de Paris com a argumentação de que o filme incita a violência contra os judeus. Pra saber mais.

Depois de assistir ao filme, Dan R. Leach procurou a chefatura do condado de Fort Bend e confessou o assassinato de Ashley Nicole Wilson, disse o detetive Mike Kubricht. Dan, de 21 anos ficou abalado com o longa-metragem e consultou um conselheiro espiritual para tomar a decisão. Não fosse a confissão, Dan jamais seria preso. Um médico-legista determinara que a morte da moça foi um suicídio por enforcamento. Pra saber mais.

Geraldo Soares, de 43 anos, morreu vítima de um ataque cardíaco fulminante quando assistia ao filme em um shopping de Belo Horizonte. Ele chegou a ser atendido por um médico que estava na sala, mas não resistiu. Pra saber mais.

Conte para nós qual a sua opinião

quinta-feira, abril 08, 2004

Homem invisível 

Cena - Sentado num canto, feito bichinho acoado, pouca luz e movimentos quase imperceptíveis, ele separava o lixo reciclável. Uma montanha dele. O nome? Ninguém sabe. Na verdade, ninguém saberia que ele estava ali não fosse o descuido com a latinha de atum que, ao cair no cimento, chamou a atenção dos moradores que passavam.

Essa cena aconteceu ontem no meu prédio. “Ele” é o Hipólito, funcionário-faz-tudo. Pinçada ao acaso, mas não com descaso, histórias assim se repetem inúmeras vezes nos prédios e ruas de todo o mundo. A essa dinâmica rotineira e imperceptível o psicólogo Fernando Braga da Costa, estudou em sua tese, defendida na Universidade de São Paulo, em 2002 e
chamou de A invisibilidade pública ou Fenômeno do Homem Invisível.
Esse fenômeno social, observado por Costa, explica e exemplifica como as pessoas são transformadas em objetos tendo como critério maiúsculo a atividade profissional. Trata-se de uma percepção humana prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, ou seja, enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Costa destaca que não se trata de um aspecto biológico da visão mas do fosso entre as pessoas, resultado das diferenças sociais. "A invisibilidade pública opera em dois planos: consciente e inconsciente. Quanto mais próximo se está desse sujeito 'invisível', mais consciência dela se tem." O resultado, segundo o pesquisador, é que pessoas passam a ser entendidas como coisas, chegando a ser imperceptíveis.

Exercício do invisível
Em 1996, o psicólogo fez um exercício de campo. Durante cinco anos trabalhou como gari, de um a três dias por semana no Campus da Cidade Universitária da Capital Paulista. Costa diz que enquanto gari não era percebido nem por seus amigos de curso, de departamento ou pessoas que por ele passavam. Porém, bastava tirar a “fantasia de gari” para tonar a “merecer” os cumprimentos rotineiros. O estudo mostrou ainda que o descaso tem efeito duplo: enquanto as pessoas não cumprimentam o "gari" por entenderem que não se trata de uma pessoa e sim de uma função, ele tenta se proteger da violência da invisibilidade não respondendo a um eventual cumprimento.

Uma saída a esta situação, diz o pesquisador, seria num primeiro momento ter consciência sobre a invisibilidade pública. O segundo passo, ter um "olhar" mais atento àqueles que estão a nossa volta. "Nesse exemplo, o uniforme simboliza a invisibilidade. Temos de mudar isso, pois também se trata de uma violência, completa Costa"

E você, já deu um olá a um “Homem Invisível” hoje?

terça-feira, abril 06, 2004

COM MUITO AMOR! 

Bolo com velinhas, bilhetes espalhados pela casa, pizza do sabor predileto (com direito a cervejinha e refri), presentinhos, balão colorido enfeitando o lustre e o ilustre marido, que insisto em chamar de namorado, completando aninhos. Tem coisa mais gostosa que preparar uma micro festinha surpresa para quem a gente ama?

Nando, FELIZ ANIVERSÁRIO, nesse 7 de Abril!
Com todo amor do mundo,
Lu e Alice!

segunda-feira, abril 05, 2004

Quem são os bárbaros? 

Fato: quarta 26 de Março - Americanos escondem periódicos para que filhos não vissem, nas manchetes, o massacre em Fallujah, cidade a 50 km a oeste da capital, Bagdá, local onde quatro soldados dos EUA foram queimados, esquartejados publicamente e tiveram seus corpos pendurados em uma ponte.

Não precisou mais para que os EUA tomassem a cena e aproveitassem a oportunidade para colocar a opinião pública de todo o mundo à mercê de suas lamúrias e queixas, assumindo o conveniente posto de mártir da vez. Não. Não estou dizendo que o feito é bem-feito ou que o máxima olho-por-olho justifique. Ao contrário, é exatamente por essa máxima que o mundo tem ficado cada vez mais cego.

Apenas sugiro que aproveitemos, pois, todo o alarde americano dos últimos dias para trazer à baia dos acontecimentos bárbaros nosso exercício de memória. (Aliás, serviço esse que deveria ser feito pelo bom jornalismo: fato + história = informação. Enfim...)

· armas químicas utilizadas pelos norte-americanos na guerra do Golfo, além de urânio empobrecido, significou um aumento terrível nos casos de leucemia no Iraque. Até hoje as pessoas morrem por não terem como se tratar. "Vi crianças morrendo nos braços de suas mães, vi pessoas desesperadas com a fome, e nada disso acontecia antes da guerra. Éramos prósperos, felizes e muçulmanos e cristãos se entendiam. “O que fizemos aos norte-americanos", perguntam os cidadãos do Iraque.

· foram os EUA que organizaram, armaram e financiaram os Contras na Nicarágua para perpetrar sangrentos atos de terrorismo, sabotagem e assassinatos em massa para derrubar um regime que eles não aprovavam. Assim como foram os mesmos americanos que deram suporte a Noriega no Panamá e a Sadam Hussein no Iraque quando ele desfechou seu ataque contra o Iran.

· os EUA pagaram uma guerra impiedosa contra o povo do Viatnã, desestabilizaram o governo democraticamente eleito do Chile e apoiaram a sangrenta ditadura argentina.

· o imperialismo dos EUA, a Cia e seus fantoches paquistaneses criaram, organizaram armaram, financiaram e treinaram o regime do Taliban como elemento chave na luta contra a União Soviética.

· todos compartilham o mesmo desprezo pela vida humana: os assassinos de cinco mil e quinhentos cidadãos triturados sob os escombros das Torres Gêmeas. Os assassinos dos duzentos mil guatemaltecos, em sua maioria indígenas, que foram exterminados sem que jamais a televisão, nem os diários do mundo lhe dessem a menor atenção não foram sacrificados por nenhum fanático muçulmano, mas por militares terroristas que receberam apoio, financiamento e inspiração dos sucessivos governos dos Estados Unidos.
· dois dias antes do bombardeio em Manhattan e Washington, aviões americanos e britânicos despejaram bombas no sul do Iraque, matando oito pessoas. Nem uma palavra foi dita no ocidente.


O governo americano bombardeou uma enorme parcela do globo. Hiroshima e Nagasaki, a Coréia do Norte, o Vietnã, Bagdá, Belgrado... Antigamente, eles estavam certos de que os comunistas nunca conseguiriam atacar a América. Mas o inimigo hoje é teológico e não ideológico. “Alá tem provado que pode mover sanções que Marx e Lênin não permitiram. E há um detalhe: o inimigo de agora já trabalhou um dia para a CIA e para o Pentágono”, por Tariq Ali, escritor paquistanês.

Fato final: Na luta de braço das bárbaries do mundo moderno, é sempre o povo quem conta os mortos.


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