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terça-feira, agosto 31, 2004

Alguém me ajude... 

... a salvar a reputação de uma amiga querida me dizendo como é que se apaga nome pichado no muro?

Da série o mundo é uma ervilha 

Acabei de voltar de uma festa badalada, daquelas que têm mais famosos do que gente pra ver os famosos, manja?
Eis que caminha em minha direção o Rocco Pitanga (o Felipe da novela Da Cor do Pecado), com cara de quem vai me cumprimentar. A troco?, pensei eu...
Pudera... ao lado dele, estava uma amiga minha de adolescência em Brasília! Alguém que eu não via há uns 15, 18 anos pelo menos. Que freqüentava a danceteria do clube da aeronáutica comigo, na época em que eu usava botinha branca com uns bordados hippie chique. Imaginem só!!!
E ficamos lá as duas um tempinho, relembrando os fatos da adolescência candanga, com todos os podres que eventualmente surgem num encontro como esse.
Como disse Lala uns posts atrás, o mundo é mesmo uma ervilha.... e nem precisei do Orkut!

Pelos direitos do idoso 

Meu pai, pra quem não o conhece, é uma figura. É dele ditados do tipo "morrem as vacas para alegria dos urubus" (quando vc se beneficia involuntariamente de uma situação trágica, desfavorável à outra pessoa), "vai que um dia a coruja erra o toco..." (quando vc acha que algo não tem a remota chance de acontecer e não se prepara praquilo).

Desde sempre meu pai foi O consumidor. Do tipo que se queixa e leva tudo às últimas conseqüências, que cobra dos políticos as promessas de campanha. Morando em Brasília há 25 anos, já facilita o troço, aposentado então, nem se fala...

Ele anda com uma cópia reduzida e plastificada da lei de preferência aos idosos no bolso e faz valer seus direitos. E quando alguém vai reclamar, ele recomenda ao reclamante que faça um abaixo assinado com não sei quantas assinaturas e mude a lei no Congresso Nacional.

Pois bem...

Uma vez que no começo do ano foi promulgado o Estatuto do Idoso (ele tem 73 anos, corpo de 50, disposição de 25) e uma vez que 7 de setembro se aproxima e meu pai, militar aposentado que é, adora assistir à parada in loco, ele achou coerentíssimo que se fizesse valer o Estatudo do Idoso também no evento que se avizinha.

E mandou uma carta para o Ministro da Defesa, solicitando, em caráter nacional (porque ele pensa em toda a comunidade idosa, não apenas nele mesmo), que os idosos tivessem lugares reservados para assistir ao desfile da Independência.

Detalhe importante: os lugares teriam de ser à sombra...

Alguém duvida de que no dia 7 de setembro, na parada militar de Brasília, o lugar que se localiza à sombra do pé de manga número 335A vai ser dele? Eu não...


segunda-feira, agosto 30, 2004

Sobre os chatos 

(...) Muita gente já tinha chegado de férias e acho que havia mais ou menosum milhão de pequenas por ali, sentadas ou em pé, esperando os namorados. Garotas de pernas cruzadas, garotas de pernas descruzadas, garotas com pernas fabulosas, gadortas com pernas pavorosas, garotas que pareciam boazinhas, garotas que, se a gente fosse conhecer, ia ver que eram umas safadas. Era realmente uma paisagem interessante.

De certo modo, também era meio deprimente, porque a gente ficava pensando no que ia acontecer com todas elas. Quer dizer, depois que terminassem o ginásio e a faculdade. A maioria ia provavelmente casar com uns bobalhões.

Esses sujeitos que vivem dizendo quantos quilômetros fazem com um livro de gasolina. Sujeitos que ficam doentes de raiva, igualzinho a umas crian;cas, se perdem no golfe ou até mesmo num jogo besta como pingue-pongue. Sujeitos que são um bocado perversos. Sujeitos chatos para burro.

Mas é preciso ter cuidado com isso, com essa mania de chamar certos caras de chatos. Não entendo bem os chatos. Juro que não. No Elkton Hills, durante uns dois meses fui companheiro de quarto dum garoto, o Harris Macklin. Ele era muito inteligente e tudo, mas era um dos maiores chatos que já encontrei na minha vida.

Tinha uma dessas vozes de taquara rachada e praticamente não parava nunca de falar. Não havia jeito de se calar, e o pior de tudo é que, em primeiro lugar, nunca dizia uma única coisa que a gente tivesse interesse de ouvir.

Mas tinha uma coisa que ele fazia como ninguém: o filho da puta assoviava como gente grande. Ele ficava fazendo a cama ou pendurando seus trecos no armário - vivia pendurando alguma coisa no armário, me deixava maluco - e, quando não estava tagarelando com aquela voz de taquara rachada, ficava assoviando o tempo todo. Ele era capaz de assoviar até troços clássicos, mas quase sempre assoviada músicas de jazz. (...)

Claro que eu nunca disse a ele que o achava um assoviador fabuloso. Ninguém vai chegar junto de um cara e dizer: "Você é um assoviador fabuloso". Mas morei com ele uns dois meses, apesar de toda a chatura, só porque ele assoviava bem para burro.

Por isso, tenho minhas dúvidas quanto aos chatos. Talvez a gente não deva sentir tanta pena de ver uma garota legal se casar com um deles. A maioria não faz mal a ninguém e talvez, sem que a gente saiba, sejam todos uns assoviadores fabulosos ou coisa parecida. Nunca se sabe... (...)
Fonte: de - O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger, 1945, Editora do Autor, pag. 122
Por: Nando Barrichelo, em BIBLIOTECA FERNANDO BARRICHELO


sexta-feira, agosto 27, 2004

Máuketim 

Minha confecção (IC Artigos Promocionais e Uniformes) fica em uma rua calma, no Mundo Maravilhoso de Santo Amaro (um bairro enorme aqui em São Paulo, que, por ter sido uma cidade no começo do século XX, tem de tudo o que você imagina e coisas das quais você até mesmo duvida!).
E quase toda tarde passa o molequinho do pão, de bicicleta. Pães caseiros, deliciosos, que ele entrega de casa em casa, usando uma espécie de triciclo com uma caixa de metal atrás.

Pois bem, fiquei eu observando a caixa e tive reforçado, mais uma vez, que marketing é tudo no mundo em que vivemos. Na caixa, tinha o nome da "padaria" ambulante, com logo inspirado na Casa do Pão de Queijo desenhado a mão, o preço promocional do pãozinho, mais barato que na padoca. Isso tudo na lateral, junto com coisas do tipo "deliciosos pães", desenho de pão, agora não me lembro bem.

O que me chamou mesmo atenção foi o que vinha na parte de trás da caixa. Era a ação promocional para alvancar as vendas e fidelizar a clientela.

Na compra de 2,00 (isso mesmo, dois reais) em produtos, o cliente concorre a prêmios.
Primeiro prêmio: uma bike (assim mesmo)
Segundo prêmio: uma batedeira

Nós, clientes assíduos da padaria ambulante, já estamos planejando como vamos dividir o prêmio entre todos nós, lá na IC...


terça-feira, agosto 24, 2004

KBÔ..... 

Ontem foi o último capítulo de Sex and the City. Achei que acabou muito rapidinho, mas nada que traumatizasse a alguém acostumado aos últimos capítulos de novela brasileira, em que as coisas acabam assim, poft! de uma hora pra outra. Alguns pontos porém me chamaram mais a atenção:

1. Emocionante o mr. Big no capítulo final, o ator soube dar o tom da personagem sem descaracterizá-la. E mais! Ficamos sabendo o nome dele, enfim!

2. Miranda. A reviravolta da personagem foi, para mim, a mais bem construída de toda a série. A Miranda do começo foi mudando, mudando, mudando, sem perder a essência da Miranda original. Amolecendo suas radicais convicções, deixando de lado o ser puramente racional para se permitir ser mãe, esposa, nora... Trabalho de mestre do autor, do diretor e da atriz.

3. O troféu "moço tudo de bom" vai para o namorado da Samantha. Sem ser piegas, sem ser submisso, conseguiu dobrar aquela que não entregava seu coração a ninguém. Chegou de mansinho na série, como se fosse apenas mais um, e foi ficando, ficando... exatamente como na vida da personagem. Deu um show!!!!

4. Charlotte e sua felicidade, depois de tanto sonhar com o casamento e o marido perfeitos, descobrindo a perfeição e a felicidade onde menos esperava, de forma emocionante. Amadureceu ao longo dos anos, sem perder a doçura e o romantismo que a caracterizavam.

5. E Carrie? Ah... Carrie, quem não poderia se identificar com sua alegria ao recuperar seu colar, como uma metáfora de resgate de si própria?

E aí que hoje escuto de uma amiga a pergunta em tom de ironia: você também é mais uma das mulheres que estão chorando por que Sex and the City acabou? E eu respondi: chorando não, porque dia 6/09 começam a reprisá-la no Multishow, todo dia, de segunda a sexta, às 21h, desde a primeira temporada, pra quem pegou o bonde andando e virou fã, como eu (Bóbis que Brilham também é serviço!).

Mas ontem, confesso que chorei... de saudades...

O conceito de vencer 

Vencer, não é simplesmente ganhar. Quem acredita nesse significado estreito certamente incorre no erro da definição e na constante frustração. Ontem, na arena do estádio de esporte artístico de Atenas, quem falhou não foi o corpo mal lançado de Daiane dos Santos que ultrapassou o limite permitido do tablado, nem tão pouco as pernas que, mesmo fortes, bambearam deixando o espetáculo menos glamuroso (será?). Nós é que metemos os nossos mal posicionados pés pelas nossas ansiosas mãos ao depositar em uma menina a obrigação de uma medalha de ouro. Quisera tivéssemos tomado cada conquista - a classificação para a olimpíada, a vaga entre as semi-finalistas e a final entre as melhores do mundo - com o sabor de vitória.

Vencer é, na verdade, apenas e tao somente uma questão de calibrar as expectativas. Como diz uma canção infantil : “basta manter a cabeça alerta, a espinha ereta e coração tranquilo”!!!

PS. Para nós aqui de casa, a semana começou vitoriosa. Com expectativa bem pianinho lançamos o desafio de fazer nossa filhota de quase 2 meses dormir a noite toda. Resultado: já na primeira noite o “estiradão” dela (e nosso!) foi de 11pm-6am. VITÓRIA TOTAL!! Viu, tudo é uma questão de expectativa bem dosada!!!

segunda-feira, agosto 23, 2004

É HOJE!!!!!! 

O último capítulo do seu, do meu, do nosso SEX AND THE CITY!!!... snif snif...

domingo, agosto 22, 2004

Nova novela das otcho 

Sinopse:
"Moça desiludida, cansada de dar cabeçadas pela vida, farta de relacionamentos com homens que não lhe dão o devido valor, que não sabem reconhecer o coração de uma mulher devotada, querendo renunciar às noites frias e solitárias na sarjeta, quando se via afogada em álccol, encontra homem maduro e sedutor, orgulhoso de suas origens, ligado à família e sua santa mãezinha, romântico, sem vícios, carinhoso, tudo o que uma mulher pode querer na vida, e que ainda deixa a geladeira cheia, para ser o seu par perfeito e viver um grande amor que a conduzirá ao altar.

Nos papéis principais, Glória Pires e Tarcísio Meira.

Olga 

... sem palavras...

sábado, agosto 21, 2004

Fechou! 

Dito por Lala bobiana no hall de entrada do DirecTV, enquanto esperávamos começar o (ótimo!) show Ira Acústico MTV:

"Os dois melhores elogios para uma mulher: perguntar se ela já é maior de idade pra poder comprar bebida e perguntar se ela tem mais de 50kg pra poder doar sangue."


quinta-feira, agosto 19, 2004

Garotos de recado 

Você conhece o tipo. É aquele que nunca diz diretamente o que sente por você. Os olhos dele transmitem desejo, os braços a seguram com firmeza, mas verbo, que é bom, não rola. Será que ele nunca vai se abrir, nunca vai falar? Menina, ele deixa um monte de pistas, você que não se dá conta.
Tem gente que, por não ter nascido com o dom da oratória e muito menos com vocação pra poeta, pede palavras emprestadas para dizer o que sente. Emprestadas de onde? Das músicas que gosta. Dos livros que dá de presente. Dos filmes que vive comentando. Está tudo ali, você que não presta atenção.
O que ele sente está na página 27 do livro do Borges que ele fez questão que você lesse. Aquele trecho de uma carta do Caio Fernando Abreu, que está sublinhado à caneta, não narra justamente o que vocês viveram no final de semana passado? E adivinhe por que o cara fez questão de levar você para ver aquele filme francês que ele já viu sozinho duas vezes. Adivinhe. Ele está inteiro naquela cena do casal dentro do metrô. É tudo o que ele gostaria de falar pra você, mas diz assim, através de terceiros.
O e-mail dele vem cheio de citações, ele vive cantarolando sempre a mesma música, até a camiseta que ele veste tem uma frase em inglês que você tem preguiça de traduzir. Traduza. Ele está falando com você.
Ele não diz nada de autoria própria, teme ficar solene, apavora-se diante das exigências verbais que lhe cobram. Prefere, disparado, as metáforas. É plagiador confesso. Preste atenção na letra, no refrão, na música que ele colocou pra tocar, ele está mandando um recado. Os cineastas, os poetas, os malucos, todos os homens apaixonados do planeta falam por ele, e você não escuta.
Ele quer que você leia os olhos, as mãos, os lábios. Ele não vai optar pelo chavão, pela trivialidade daquele "eu te amo" que você aguarda com impaciência. O idioma dele é outro. Ele silencia para que falem por ele. Atenção para aquele momento em que ele aumentou o som, interesse-se pelo trecho de Proust que ele sempre relê em voz alta, tente captar os versos que ele sabe de cor mas que não são de autoria dele - mas ao mesmo tempo são. Antene-se nos recados, em todas as palavras em que você tropeça e que foram largadas por ele bem no seu caminho, bem por onde você passa. Há mil maneiras de se fazer uma declaração.
MARTHA MEDEIROS

tirado do blog http://opassaroraro.blogspot.com/


Maevva II 

É incrível a falta que uma margaridinha pode fazer na vida de uma mulher...

Quarta à noite, no Maevva 

Garooootaaaaaa Douraaadaaaa!!!
Quero ser teu irmão, eu sou teu irmão, namoraduuuuuuuuu
Um beijooooooo na bocaaaaa
Um abraço apertado, forte, suado
Quente como as noites quentes do verão que brindamos
tanto nos demos as mãos...

quarta-feira, agosto 18, 2004

Escusame, Mastrangelo 

Eu ainda não tinha me empolgado com as Olimpíadas, nem mesmo à abertura eu assiti.
Mas depois do último pontinho do jogo de ontem entre Brasil e Itália, vôlei masculino, não deu mais pra ficar indiferente!
Aproveito para lançar uma campanha:

Console seu jogador italiano de vôlei agora!!
É o nosso Bóbis, contagiado pelo espírito olímpico de fraternidade entre os povos...

terça-feira, agosto 17, 2004

Sex and The City 

Semana que vem, no dia 23, o Multishow vai exibir o último capítulo da série Sex and The City. Hoje o mesmo canal exibiu um especial sobre a série, entrevistando os produtores, roteiristas, artistas que participaram dela, e até mesmo o Manolo Blahnik, estilista dos sapatos preferidos de Carrie, uma das 4 protagonistas.

Quem nunca viu ou não acompanha Sex and The City tem uma visão muito rasa sobre ele. Já ouvi de várias pessoas que o programa é uma apelação, porque só fala de sexo e é fruto da banalização do sexo nos meios de comunicação. De outras, já escutei que as 4 amigas, Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha, são dondocas fúteis que só falam de roupas, sapatos e homens.

Quem acompanha sabe que nada disso é verdade nem traduz a essência de Sex and The City. a série trata, antes de qualquer coisa, de amizade, da enorme e profunda amizade que une 4 mulheres entre os 35/40 anos. Elas são descoladas, independentes, modernas, urbanas. E ao mesmo tempo são frágeis, inseguras e sentimentais, em busca de um grande amor, mesmo que não tenham consciência disso.

Todas as historinhas contadas nessas seis temporadas de Sex and The City trazem um pouco de cada uma de nós. Impossível não se identificar com algumas situações vividas por elas, e não sonhar com os sonhos delas. Quem de nós nunca namorou um sapato ou roupa na vitrine, não passou diversas vezes em frente à loja apenas para admirar algo que não poderia comprar? Ok, você não é consumista... mas aposto que já tomou um fora de um cara de maneira pouco elegante, como quando um dos namorados de Carrie termina com ela usando um post-it colado no banheiro. E o cara maravilhoso que se revela um desastre na cama? E as inúmeras tentativas de não se deixar envolver com um cara que nada tem a ver com seu ideal de homem, mas de repente você se vê casando com ele e adorando cada minuto? E aquele escândalo que você deu em público e depois teve de ir embora do lugar morta de vergonha? E aquela mentirinha que contou crente que não ia dar em nada que virou uma bola de neve? E, e, e?...

Uma das roteristas da série disse que todas nós somos Carrie, inclusive os gays. É verdade, ela é a personagem que reúne um pouco de cada uma de nós. Impossível para mim ver a relação de Carrie e Mr. Big sem ver a mim e meu ex-marido, apesar de ter muito da Charlotte. Tenho amigas que se consideram Miranda, e elas realmente pensam parecido.

Mais interessante ainda é observar como as personagens foram mudando ao longo das temporadas, sem perder suas características principais. Charlotte teve o que sonhava: um marido lindo, rico, que a pediu em casamento com um belo anel de brilhantes. E descobriu que nem sempre o príncipe encantado deixou de ser sapo em seu âmago, para depois perceber que o verdadeiro príncipe da sua vida não tinha roupagem de gala.

Samantha relutou em aceitar sua porção de Cinderela que deseja um príncipe. Nada poderia abalar sua reputação de devoradora de homens, sua atitude de não estou nem aí para os sentimentos, até vir um mocinho mais novo e convencê-la do seu amor, sem pressa, sem tentar impressionar.

Miranda teve seu racional mundinho virado de cabeça pra baixo depois que ficou grávida por acaso e viu o centro da sua vida ser deslocado para aquele ser que pôs no mundo. Até mesmo o visual da personagem foi mudando à medida em que Miranda mudava por dentro: de executiva poderosa, durona, cabelos curtos e bem arrumados, foi se transformando em uma mulher com roupas mais descontraídas, cabelos mais compridos e levemente desarrumados, um brilho no olhar que antes não existia.

E Carrie... ah, Carrie!... Terei de esperar até o dia 23 pra ver o que te acontecerá. Tudo bem, a gente até já sabe, por conta do seriado já ter acabado há meses nos EUA, mas mesmo assim quer ver com esses olhos que a terra há de comer.

Enfim, terei saudades de Sex and The City. Pra nossa sorte, vivemos no tempo do DVD!


Martelando o coração bobiano 

O assunto do post de hoje ia ser o paraíso da reforma. Não na minha casa, que não sou mulher suficiente pra isso, mas a do vizinho do nono andar (eu moro no sexto), que acho que resolveu trocar o apartamento de posição (cozinha pra lá, sala pra cá, quarto pracolá...). Refugio-me no trabalho, mas a vizinha da casa ao lado tá trocando todo o telhado, que fica bem ao lado da janela do meu escritório. Juntando com os gritos da vizinha da casa do outro lado, que ora estressa com o cachorro, ora com o neto de 5 anos, ora com os dois ao mesmo tempo... deixa pra lá!
Eis que, ontem à noite, ganho de Lala bobiana um presente de aniversário atrasado. A parte II, segundo ela, pois a parte I tinha sido o livro assunto do post anterior. Conclusão mais que lógica: agora ela vai me dar o marido!
Não era marido, mas era algo bem melhor! Um CD dele, do maior sex symbol de todos os tempos, do mais caliente dos amantes latinos, da bundinha mais sexy do Programa do Chacrinha, do último representante dos Machopacas da MPB...

SIDNEY MAGAL!!!!!!!!
Não pensem que era aquele remixado, com versões dance dos seus maiores sucessos. Esse também é muito bom, mas o que eu ganhei é original. O-RI-GI-NAL. Com Magal fazendo beicinho e tudo na capa.
Além das maravilhosas Sandra Rosa Madalena, Tenho, Se te agarro com outro te mato (aaaahhhhhhhhhhhh......), há outras pérolas imperdíveis. Como uma música na qual ele canta: me agarrei aos teus pés pra pedir que me deixes! Não é a mesma coisa que ligar pra alguém e falar assim: tô te ligando pra te pedir que não me ligue nunca mais?
Mas a melhor de todas, hors concurs, fantástica!, é a Bela Sem Alma, que ele canta com um sentimento sem fim, com uma tristeza revoltada impressa na voz, numa interpretação de arrepiar os pelinhos do braço, aloirados com água oxigenada.
Para entender o significado da letra, porém, o Bóbis convidou a maior especialista em Sidney Magal do Brasil: Sollangy!, que já está analisando passo a passo cada sílaba pronunciada pelo TDBZMP (tudodebonzíssimomachopacas) em Bela Sem Alma para destrinchar de uma vez o coração desse cigano sedutor que arrebata nossa essência...

segunda-feira, agosto 16, 2004

Como arrumar um marido depois dos 35 anos 

Este é o título do livro que ganhei de aniversário de uma amiga.
Não vou dizer que se ela fosse amiga de verdade teria me dado o PEIXE em vez do manual que ensina a pescar para não me tornar uma pessoa repetitiva. O fato é que comecei a ler o livro neste final de semana, e ele é bem interessante, pois o li praticamente numa sentada só.
O maior atrativo do livro é que a autora elaborou um plano de ação , denominado O Plano, para que a mulher que aderir a ele seja levada ao altar entre 12 a 18 meses, usando os preceitos que ela aprendeu na Harvard Business School sobre marketing e estatégia de venda de um produto (no caso, você, ou melhor, neste caso, euzinha). O plano vem subdividido em vários passos a ser cumpridos, é explicado de maneira didática, cheio de palavras de incentivo e uso de termos e atitudes comuns no mundo dos negócios. Porém, as novidades no assunto "como arrumar um marido" não são tantas assim. Ao menos não para nós, brasileiras que tiveram mãe, tia e avó pra dar palpites no assunto, além de amigas bem-intencionadas. Para nós, é antes de ser um plano de ação, uma compilação dos conselhos passados de geração em geração.
Eu explico: não se trata de ironia. Não conheço a sociedade americana a ponto de pretender fazer aqui uma análise dela, e talvez por isso o plano sugerido pelo livro seja novidade por lá. Sempre ouvi dizer que lá é diferente, que os filhos saem de casa muito cedo, que os pais não interferem tanto na vida deles etc. Mas ele não traz muita coisa diferente do que nossas mães e avós brasileiras ou de origem italiana ou portuguesa, enfim, latina, sempre disseram, ou o que qualquer menina que tenha uma família que se acha no direito de gerir a vida dela (praticamente todas no Brasil) não tenha ouvido várias vezes.
Quem de nós nunca ouviu que deve-se deixar o homem tomar a iniciativa na maior parte dos casos, que a mulher só deve tomar a iniciativa quando a situação chegar a um nó difícil de ser desfeito? Que homem gosta de ser caçador etc.
E a sua avó nunca te falou que mulher tem de ser "difícil" pro cara valorizar? Então, a autora recomenda que vc só vá pra cama com alguém com quem tenha saído ao menos duas vezes por semana, durante dois meses, em situação de romance. Tá certo que nossas avós não aprovariam, elas diriam que "só depois do casamento", mas como todas nós concordamos que um test drivezinho no moço antes de um passo tão definitivo é recomendável, podemos tomar o conselho da autora como um similar dos tempos atuais ao da nossa avó.
E quanto a se arrumar, manter o cabelo arrumado, as unhas em ordem, vestir-se de forma a ser atraente... Lembram-se do conselho das nossas mães de não sair de calcinha velha na rua? Tudo bem, elas alegavam que, se sofresse um acidente, não iríamos parar no hospital com aquela lingerie estrupiada (aposto como já ouviram isso um dia, meninas!, mãe que é mãe de verdade tem de se preocupar com essas coisas!), mas é um conselho que pode perfeitamente ser adaptado à situação da caça ao marido.
Pedir às amigas pra apresentar alguém disponível que possa vir a ser seu marido. Sair e não ficar entocada dentro de casa (cobra que não anda não engole sapo, diria minha tia).
Outra sugestão dos tempos modernos, mas com um pé no passado: nunca seja a primeira a mandar um email para um homem em sites de relacionamento, apenas responda aos que te procuraram primeiro, para o cara não ficar achando que tem a faca e o queijo na mão.
A autora sugere que você use o esquema do telemarketing, cujo retorno seria em torno de 4%: elaborar uma lista de pessoas as quais você deve telefonar avisando de que está procurando um marido e pergutando se conhece alguém. Ok, vc vai me dizer que já fez isso. Mas fez com qualquer pessoa com a qual você tenha travado algum tipo de contato alguma vez na vida? Com a colega de escola que vc não vê há 20 anos, encontra pelo Orkut, e fala assim: oi, fulana, lembra-se de mim? estou procurando um marido, você teria alguém pra me apresentar?
Já outras sugestões são bem bacanas, como elaborar uma festa para apresentar as pessoas. A gente até já tentou algo semelhante aqui na pizzada, mas não com foco nisso, então podemos aproveitar as dicas do livro pra dar um upgrade na capacidade cupidante dos nossos eventos. Ou reunir as amigas e cada uma colocar um nome de amigo disponível num papelzinho, sortear e cupidar o amigo com a amiga que o sorteou. Bem legal! Ou matricular-se em um curso cuja freqüência seja masculina (e pensar que o curso sobre futebol para o qual fui aceita na FGV foi cancelado...)
Para uma coisa o livro chama atenção e me fez pensar: será que todos os passos foram aplicados ao mesmo tempo, de forma ordenada?
Enfim, recomendo a leitura, porque o que parece interessante pra mim pode não ser pra você e vice-versa. E que nós, meninas bobianas e bobiadas, troquemos impressões sobre ele aqui no nosso Bóbis.

Em tempo: além desse, ganhei outro livro, Mulheres Alteradas 2, muito, muito engraçado. Leiam, meninas. Certamente vocês vão se encaixar em várias situações demonstradas nos quadrinhos.



quinta-feira, agosto 12, 2004

Adote um gatinho 

"... no final de semana, estamos andando de carro pela rua e de repente ela grita: PÁRA, PÁRA, PÁÁÁÁRAAAAA!!!!!! Desce do carro correndo e volta com um gato atropelado, ou doente, ou subnutrido no colo e leva pra casa..."
Quem conta o relato acima é o Marcos, marido da Susan. Susan é uma alma do bem que desde sempre recolhe gatinhos abandonados nas ruas e leva pra casa pra tratar deles até que estejam fortes o suficiente, quando então ela arruma um lar para cada um deles.
Por fim, resolveu usar seus talentos de jornalista e webmaster duplamente premiada no iBest e montou o site adote um gatinho para agilizar o processo de encontrar um dono que ame os seus queridos o suficiente para levá-los para casa.
Ela cata os gatinhos na rua, ou os pega de pessoas que não podem mais manter seus animaizinhos, castra, cuida, vacina. Fotografa, escreve sua historinha, põe no site. Um trabalho feito com amor, carinho, paciência e dedicação. Trabalho que dinheiro nenhum paga, nem mesmo no sentido literal, uma vez que ela nada recebe por isso, ao contrário, tira do bolso pra tomar conta dos bichaninhos.
Ela não foi à minha festa de aniversário na segunda-feira. Motivo? Precisava cuidar de uma gatinha que estava fraquinha, tomando soro... "Você entende, né, Cláudia?" Posso até vê-la coçando a gatinha, Susan, morta de dó...
Entre no adote um gatinho para conhecer o trabalho da Susan. Aproveite e faça uma doação ou compre uma coisinha na lojinha virtual, pois toda a renda é revertida pros gatinhos.
Você vai ver como é difícil resistir às carinhas lindas dos bichinhos que moram no coração da Susan...

terça-feira, agosto 03, 2004

Bóbis tá cum sudadis... 

... da Solange, que desde que resolveu ser moça mais letrada, nunca mais apareceu por essas bandas. Será que casou e tá de lua-de-mel?

Reconhecendo-se 

Quem tem filhos já deve em algum momento ter se visto naquela pessoinha que te chama de pai ou de mãe.
Seja num gesto, num trejeito, no formato do rosto ou do nariz, no semblante... reconhecer-se nos filhos é, para mim, uma coisa mágica! Olhar pra Isabela e ver o meu nariz colocado no rosto dela, ou ouvi-la dizer algo que me dá a sensação de deja vú, por ter sido a mesma coisa que eu dizia ou pensava na idade dela e algo que sempre me surpreende.
Nada tem a ver com achar que o filho tem de ser a nossa cópia, mas a constatação do poder da genética, da convivência, do parentesco. Mesmo entre sobrinhos. Meu sobrinho mais velho, por exemplo, aos 4 anos de idade mexia na fronha do travesseiro na hora de dormir da mesma forma que eu fazia. E minha filha enrolava a mecha de cabelo que caía na testa do mesmo jeitinho que minha irmã na idade dela. Moramos a mil quilômetros de distância uma da outra (eu e maninha), como eles podem imitar os gestos assim de forma cruzada?
Muitas vezes essa sensação de reconhecimento, que acontece com freqüência, é mais forte que em outras.
Fisicamente falando, lembro de ter a sensação de olhar pra minha filha ao nascer como se olhasse para minha foto no álbum de bebê, com os cabelinhos pretos, e muito, muito cabelo.
Aos 5 anos, de maiô amarelo e óculos de natação rosa, ela olhou pra mim e deu um sorrisinho. Era eu mesma, aos cinco anos, quando usava óculos, também cor-de-rosa, só que eu era estrábica mesmo. Igualzinha.
Domingo a noite, tive novamente o impacto de me reconhecer na minha filha. Ela falava ao telefone com uma amiga. O vocabulário era digno de estivador do cais do porto: recheado de palavrões e palavras chulas. Isso porque ela não tem o hábito de falar palavrão a torto e a direito.
Na mesma hora me vi transportada aos meus 13/14 anos, quando me achava a pirralha da turma, apaixonada por um mocinho 5 anos mais velho (uma eternidade nos separava) que mal me notava.
Eu tinha uma amiga, a Giovanna, mais velha que eu um ou dois anos, no máximo. Boca suja toda vida, de cada 3 palavras, duas eram palavrão e a outra era algum termo esdrúxulo. Eu, totalmente filha de Maria, achava que Giovanna e seu linguajar eram o máximo da sofisticação, da maturidade, coisa de quem sabia o que quer e que conseguia tudo o que queria. Cada FDP, cada PQP que ela pronunciava me fascinavam, e eu comecei a querer imitá-la, porque afinal de contas só crianças não falavam palavrão. Para minha sorte, um amigo meu teve a gentileza de me informar que aquilo era horrível e não combinava nem um pouco comigo.
A Isabela falava com uma amiga dois anos mais velha que ela. E para falar com essa amiga, ela julgou necessário mudar todo o seu linguajar para falar a mesma língua. Era a Giovanna dela. E ela, Isabela, era a mesma Cláudia de 20 anos atrás, tentando ser cool e moderna... só faltava mesmo a Belinha fazer aulas de jazz. Aí sim eu ia achar que o relógio tinha voltado de vez!

domingo, agosto 01, 2004

Não acontece só aos 20... 

Hoje eu tava conversando com um amigo pelo messenger e ele disse que queria uma namorada ponta firme, porreta, companheira, do tipo que assumisse que gosta e que não ficasse fazendo ar blazé de tô nem aí. E ele completou: será que isso só acontece aos vinte?
Respondi: acho que não, acho que pode até acontecer diferente do que acontece aos vinte, mas não é impossível.
E citei o caso de uma amiga minha, muito querida. Em março do ano passado conheceu um mocinho. Em julho, tava grávida dele. Sem planejamento, sem grana, a filha dela hostilizando o namorado, a casa dela é pequena, pra caber mais um só dormindo no chão.
Bebezinho do casal nasce e tem de ser operado aos 11 dias de vida. Mais de uma semana de UTI.
Tudo pra dar errado, não? Tudo pra desanimar e fazer com que se pense: que m... de vida! (as reticências são pra fazer jus aos anos de colégio de freiras pagos pelo meu pai e minha mãe).
Pra ser sincera, nunca vi minha amiga mais feliz, em quase dez anos que a conheço. Acompanhei de perto ou de longe suas indas e vindas com os namorados que ela teve ao longo da vida. Sei dos detalhes da convivência com o %@#*&¨@!+ do ex-marido.
Porque não só eles ficaram juntos, com direito a namorado ir até a casa do pai dela pra declarar o quanto gostava dela e que independente da gravidez ele já queria casar com ela mesmo, como ele dobrou a filha dela e juntos atravessam as adversidades e dividem os momentos felizes que me parecem estar sendo em número bem maior.
Eles são o meu exemplo de que não importam as adversidades, quando se ama, quando se quer, quando se resolve brigar junto, não há problema que seja maior que isso.
E nenhum dos dois tem 20 anos...


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